Lula

Lula reconduz 4 ministros e uma secretária do PT a conselho da Itaipu, com "jeton" de R$ 34 mil

As nomeações dão direito a uma remuneração de R$ 34 mil para cada

O presidente Lula na Cúpula da União Africana - Ricardo Stuckert /Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconduziu nesta quarta-feira, 29, quatro ministros e uma secretária do Partido dos Trabalhadores para os cargos de conselheiros da usina de Itaipu Binacional, segundo publicação no Diário Oficial da União.

As nomeações dão direito a uma remuneração de R$ 34 mil para cada, para participar de uma única reunião de dois em dois meses.

Foram contemplados os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), além da Secretária Nacional de Planejamento e Finanças do PT, Gleide Andrade. Os mandatos vão até 16 de maio de 2028.

Os ministros de Estado recebem o salário máximo permitido ao funcionalismo público, de R$ 44.008,52. O valor recebido por um conselheiro, conhecido como "jeton", é extra e não interfere nos cálculos para aplicação do teto. Com isso, os ministros escolhidos podem acumular o salário da chefia de suas pastas e os "jetons" da Itaipu, resultando em uma renda mensal de mais de R$ 78 mil.

O governo Lula parou de divulgar os jetons pagos para os cargos no conselho da hidrelétrica, mas os valores se mantiveram os mesmos da gestão Bolsonaro, como mostrou o Estadão.

A participação em conselhos de administração é uma forma comum de inflar salários de integrantes do alto escalão da Esplanada dos Ministérios. As posições também costumam ser usadas para garantir que o governo da ocasião tenha controle sobre empresas públicas e privadas com participação estatal.

O Conselho da Itaipu Binacional é composto por 12 conselheiros, seis brasileiros e seis paraguaios, e um representante dos Ministérios das Relações Exteriores de cada país.

O órgão é responsável pelas diretrizes fundamentais de funcionamento da hidrelétrica, pela organização da distribuição dos serviços da empresa e, principalmente, pelas propostas de obrigações, empréstimos e orçamento da companhia.