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ONU presta controversa "homenagem" ao falecido presidente iraniano Raisi

A Assembleia Geral organiza uma homenagem a cada chefe de Estado de um país membro da ONU que morre enquanto estava no poder

O secretário-geral da ONU, António Guterres, fala durante uma homenagem da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) ao falecido presidente iraniano Ebrahim Raisi na sede da ONU em Nova York - Kena Betancur/AFP

A ONU prestou nesta quinta-feira (30) uma “homenagem” oficial e questionada ao presidente iraniano, Ebrahim Raisi, que morreu em um acidente de helicóptero, durante uma sessão da Assembleia Geral boicotada em particular pelos Estados Unidos.

Após um minuto de silêncio da Assembleia, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reiterou as suas condolências aos familiares do presidente e às outras vítimas do acidente de 19 de maio, assim como ao povo iraniano.
 

"As Nações Unidas apoiam o povo iraniano na sua busca pela paz, pelo desenvolvimento e pelas liberdades fundamentais. Para este fim, as Nações Unidas se guiarão pela Carta para tentar alcançar a paz e a segurança, o desenvolvimento sustentável e os direitos humanos para todos", disse.

Questionado há dias sobre as condolências públicas apresentadas por Guterres após a morte do presidente Raisi, o seu porta-voz as reafirmou.

O secretário-geral “nunca se esquivou de expressar a sua profunda preocupação com a situação dos direitos humanos no Irã, especialmente o das mulheres”, disse Stéphane Dujarric.

“Isso não o impede de expressar as suas condolências quando um chefe de Estado, um membro desta organização e um ministro das Relações Exteriores com quem se reunia regularmente (...) morrem em um acidente de helicóptero”.