DISCURSO

Lula envia carta à Marcha para Jesus e faz aceno a evangélicos

Presidente afirma que igrejas exercem ''papel vital''

Presidente Lula - Ricardo Stuckert /Presidência da República

Em novo aceno aos evangélicos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou nesta quinta-feira uma carta à Marcha para Jesus, que acontece em São Paulo. No texto, Lula afirma que o evento tem “dimensão extraordinária” e que a Igreja tem papel “vital” nos compromissos de seu governo.

Lula está passando o feriado em Brasília e não tem compromissos públicos previstos. Como representante do governo, o presidente enviou o ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias, que é evangélico e ajuda no diálogo do governo com o segmento.

No texto enviado ao evento, Lula expressa “respeito” e “reconhecimento” pelo evento e afirma que como cristão se sente “regozijado de ver a dimensão extraordinária” e “papel significativo” da Marcha para Jesus.

Lula enfrenta alta resistência entre evangélicos, grupo predominantemente apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, e tem tido dificuldade de cativar esse segmento da população. Bolsonaro também costumava participar anualmente do evento enquanto estava na presidência da República.Parte da estratégia do Palácio do Planalto para quebrar a resistência entre evangélicos foi lançar uma campanha publicitária para o setor, batizada de “Fé no Brasil”.

Ainda na carta enviada ao evento, Lula destaca que sancionou em 2009 a lei que criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus.

“Uma das características mais formidáveis da Marcha é a capacidade de reunir fiéis de diferentes igrejas cristãs do Brasil e do mundo, sendo um evento aberto e de inclusão, que permite a participação de toda a população. Isso é uma demonstração inequívoca da prática daquilo que nos ensinou Jesus: ‘a comunhão”, diz Lula no texto.

Em seguida, após citar um versículo bíblico, o presidente diz que o ensinamento da comunhão norteia o trabalho do governo.

“Temos o compromisso profundo, com todos os brasileiros, de construir um país mais justo e inclusivo. As ações do meu governo são desenvolvidas a partir dessa premissa e buscam promover uma vida digna à família brasileira”, escreveu.

Por fim, Lula afirma que a Igreja “desempenha um papel vital nesse compromisso, que se reflete na sua ação social e no suporte espiritual de seus fiéis”.