"Vape face": cigarro eletrônico pode envelhecer a pele em décadas
Dermatologista explica que existe uma tendência de amarelamento, ressecamento e perda de colágeno no rosto dos fumantes
Os usuários dos cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes, podem influenciar no envelhecimento da pele. Segundo o dermatologista Bav Shergill, da Associação Britânica de Dermatologistas, a "vape face" (face de vape, traduzido do inglês), como o efeito é chamado na internet, causa o aparecimento de rugas e pelas erupções cutâneas, as espinhas, cada vez mais cedo.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), as rugas tendem a surgir por conta do movimentos repetitivos dos músculos do rosto ao tragar.
"A nicotina é o ingrediente ativo [presente no vape] e está associada a todos os tipos de problemas de pele. Está associada à acne, psoríase e erupções cutâneas" afirma o dermatologista, em entrevista ao jornal britânico DailyMail.
A presença do calor e da queima de diversas substâncias presentes no cigarro eletrônico causa o amarelamento da pele, bem como seu ressecamento, o que influencia diretamente na perda de colágeno. Estas características podem contribuir para o envelhecimento do rosto.
Shergill aponta que as alterações notadas na faixa dos 40 anos passam a ser observadas na faixa dos 20 em fumantes.
"Você perde o colágeno, que é basicamente como um "enchimento de colchão", se você se livrar dele, o colchão fica flácido e sua pele fica flácida" alerta o especialista.
Proibido no Brasil
No Brasil, a comercialização de cigarros eletrônicos é proibida, de acordo com resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Reformulada, a nova norma substitui resolução de 2009, e endurece a norma vigente, vedando também a produção, distribuição, armazenamento e transporte dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) em território nacional.