Lula fala sobre Gaza e guerra na Ucrânia e cobra trabalho da comunidade internacional
"Apoiamos a realização de uma conferência internacional que seja reconhecida tanto pela Ucrânia quanto pela Rússia", defendeu o presidente da República
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou trabalho da comunidade internacional para a solução dos conflitos na Faixa de Gaza e entre Rússia e Ucrânia. O presidente disse que a "violação cotidiana do direito humanitário" decorrente da guerra no Oriente Médio é "chocante".
"A violação cotidiana do direito humanitário é chocante e tem vitimado milhares de civis e inocentes, sobretudo mulheres e crianças", disse o presidente do Brasil, durante declaração à imprensa após reunião bilateral com o presidente da Croácia, Zoran Milanovic, nesta segunda-feira, 3. "É fundamental que a comunidade internacional trabalhe para a solução de dois Estados vivendo lado a lado em segurança."
"O Brasil continuará trabalhando por um cessar-fogo permanente, que permita a entrada de ajuda humanitária em Gaza e pela libertação imediata de todos os reféns pelo Hamas", comentou o chefe do Executivo brasileiro.
Na fala, Lula aproveitou para fazer uma referência à guerra entre Ucrânia e Rússia. Segundo ele, o Brasil sempre condenou "de maneira firme a invasão da Ucrânia pela Rússia" e defendeu a 'desescalada' do conflito para que o diálogo seja retomado entre ambas as partes.
"Apoiamos a realização de uma conferência internacional que seja reconhecida tanto pela Ucrânia quanto pela Rússia", defendeu o presidente da República.
O brasileiro afirmou que tanto o Brasil quanto o continente europeu estão ameaçados pelo "extremismo político, pela manipulação da informação, pela violência que ataca e silencia minorias" e citou as eleições para o Parlamento Europeu.
"O processo de renovação política na União Europeia se aproxima. Em poucos dias, as 720 vagas do Parlamento Europeu estarão em disputa. A vitalidade da democracia é fundamental no momento em que vivemos. Para vencer o totalitarismo, será preciso unir todos os democratas", comentou Lula.