TSE decide não enviar observadores às eleições na Venezuela
Convite foi feito em meados de maio. Integrantes da Corte afirmam ser comum dizer não
O Tribunal Superior Eleitoral decidiu não enviar observadores brasileiros para as eleições presidenciais na Venezuela, marcadas para o dia 28 de julho deste ano. O TSE recebeu o convite oficial do país, por meio do Itamaraty, em meados do mês passado.
Procurada, a Corte informou que é comum receber convites para acompanhar eleições e, em muitos casos, recusar. Não foi esclarecido se houve motivos específicos para que o Tribunal dissesse não, mas interlocutores do órgão explicaram que nem sempre há interesse em mandar observadores.
As eleições na Venezuela são alvo de preocupação do governo brasileiro e outros países da região. Há o compromisso de representantes do presidente venezuelano Nicolás Maduro e da oposição de que o pleito seja livre, transparente e justo.
Maduro tentará se reeleger. Pela oposição, a presidência será disputada por Edmundo González.
Dados do TSE mostram que, na gestão de Alexandre de Moraes, substituído nesta segunda-feira pela ministra Cármen Lúcia, a Corte esteve representada em quatro missões de Observação Eleitoral Internacional e em um Programa de Convidados Internacionais. A primeira delas foi acompanhar as eleições de Angola, entre 20 e 26 de agosto de 2022.
No período de 26 de abril a 1º de maio de 2023, o TSE acompanhou as eleições no Paraguai. No mesmo ano, entre 17 e 21 de outubro, o órgão enviou observadores para as eleições parlamentares no Timor Leste.
Ainda em 2023, o TSE acompanhou as eleições na Argentina entre 19 e 23 de outubro e, no fim do mesmo mês, das eleições territoriais colombianas.
Por outro lado, o TSE disse não a vários convites. São exemplos as eleições na Indonésia e o Peru.