Eleições Venezuela

TSE decide não enviar observadores às eleições na Venezuela

Convite foi feito em meados de maio. Integrantes da Corte afirmam ser comum dizer não

Nicolás Maduro tentará se reeleger na presidência da Venezuela - Federico Parra/AFP

O Tribunal Superior Eleitoral decidiu não enviar observadores brasileiros para as eleições presidenciais na Venezuela, marcadas para o dia 28 de julho deste ano. O TSE recebeu o convite oficial do país, por meio do Itamaraty, em meados do mês passado.

Procurada, a Corte informou que é comum receber convites para acompanhar eleições e, em muitos casos, recusar. Não foi esclarecido se houve motivos específicos para que o Tribunal dissesse não, mas interlocutores do órgão explicaram que nem sempre há interesse em mandar observadores.

As eleições na Venezuela são alvo de preocupação do governo brasileiro e outros países da região. Há o compromisso de representantes do presidente venezuelano Nicolás Maduro e da oposição de que o pleito seja livre, transparente e justo.

Maduro tentará se reeleger. Pela oposição, a presidência será disputada por Edmundo González.

Dados do TSE mostram que, na gestão de Alexandre de Moraes, substituído nesta segunda-feira pela ministra Cármen Lúcia, a Corte esteve representada em quatro missões de Observação Eleitoral Internacional e em um Programa de Convidados Internacionais. A primeira delas foi acompanhar as eleições de Angola, entre 20 e 26 de agosto de 2022.

No período de 26 de abril a 1º de maio de 2023, o TSE acompanhou as eleições no Paraguai. No mesmo ano, entre 17 e 21 de outubro, o órgão enviou observadores para as eleições parlamentares no Timor Leste.

Ainda em 2023, o TSE acompanhou as eleições na Argentina entre 19 e 23 de outubro e, no fim do mesmo mês, das eleições territoriais colombianas.

Por outro lado, o TSE disse não a vários convites. São exemplos as eleições na Indonésia e o Peru.