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Kiev não autoriza manifestação LGBTQIA+ no metrô por questões de segurança

Na capital ucraniana, não se organiza uma parada do Orgulho desde que a Rússia iniciou sua invasão, em fevereiro de 2022

LGBT - Nachos/Reuters

A prefeitura de Kiev não autorizou uma manifestação do coletivo LGBTQIA+ no metrô nesta segunda-feira (3), alegando razões de segurança, depois que os organizadores anunciaram que queriam se manifestar nas estações da capital por não poder realizá-la na rua, por causa dos bombardeios.

Na capital ucraniana, não se organiza uma parada do Orgulho desde que a Rússia iniciou sua invasão, em fevereiro de 2022. No ano passado, o ato ocorreu na cidade de Liverpool, no Reino Unido, onde também havia sido realizada a final do Eurovision, ao invés da Ucrânia, que organizaria o evento se não fosse a guerra.

Neste ano, os organizadores da parada sugeriram que a população se reunisse nas estações de metrô da capital, que são usadas como abrigo contra os bombardeios russos, para reivindicar seus direitos.
 

No entanto, a prefeitura não autorizou por motivos de segurança, e pediu que outro local fosse escolhido para o ato.

"Para não colocar em perigo os participantes e os passageiros, e para evitar eventuais provocações, as autoridades municipais não podem autorizar a realização da marcha da igualdade no metrô", indicou a prefeitura em um comunicado.

Os organizadores afirmaram lamentar essa decisão, e indicaram que haviam se inspirado em uma manifestação LGBTQIA+ organizada em 2022 no metrô de Kharkiv, no nordeste do país.

De acordo com eles, poderiam realizar o ato sem a autorização da prefeitura ou do metrô, mas queriam "dialogar com as autoridades".

As pesquisas de opinião mostram que o nível de aceitação dos direitos do coletivo LGBTQIA+ aumentou entre a população ucraniana durante a guerra. Nas redes sociais, circularam informações sobre soldados abertamente gays que combatem na frente de batalha.

No entanto, o lançamento em fevereiro de um filme ucraniano sobre uma família que aprende a tolerar um inquilino abertamente gay levou ativistas ultranacionalistas a organizarem piquetes nas exibições em Kiev e Kharkiv.