LITERATURA

Saiba quais são os principais subgêneros da literatura erótica que faz sucesso na Amazon

Romances eróticos ambientados no mundo dos esportes ou protagonizados por inimigos que se tornam amantes estão entre os preferidos das leitoras

Capas de romances hot de Karen Santos, Lola Belluci e Jéssica Macedo - Reprodução

Na lista de e-books mais vendidos na Amazon, não é raro encontrar livros que tenham “CEO”, “mafioso” ou “grávida” no título. As capas provavelmente ostentam casais em poses luxuriosas ou homens musculosos e descamisados. Na certa, são livros “hot”, isto é, histórias de amor recheadas de cenas apimentadas. O roteiro é mais ou menos o seguinte: uma moça meio tímida se apaixona por um bonitão bem de vida e, depois de um percalço ou outro, os dois são felizes na cama.

Embora essa estrutura de um romance hot varie pouco, há diversos subgêneros: histórias de “contrato”, de gravidez indesejada, tramas esportivas ou em que o protagonista masculino abandona seu bebê, enredos protagonizadas por CEOs viris ou mafiosos românticos, entre outros.

Ficou curioso? Confira abaixo quais são os principais nichos da literatura hot:

CEO
As histórias em que a mocinha se apaixona por um CEO (leia-se: um empresário rico) são um clássico da literatura erótica. Frequentemente, o protagonista é um homem maduro e bem-sucedido. E quem melhor para desempenhar esse papel do que um CEO? A escritora Jéssica Macedo até brinca que nem sempre o ápice de um romance hot é a cena de sexo. “Pode ser o momento em que o galã entrega o cartão para mocinha e diz que ela pode gastar sem limites”, diz ela, que é autora de títulos como “Um CEO enfeitiçado” e “O CEO viúvo e a babá virgem”.

Máfia
Nem todo mundo quer um CEO — há quem prefira um mafioso. Sim, romances hot ambientados na máfia fazem muito sucesso, como a série “Família Mancino”, de Karen Santos. Alguns deles podem ser descritos como “dark romance”, porque misturam sexo e violência. Os protagonistas desses livros costumam ser malvados, mas tratam bem as mulheres que amam.

Bebê rejeitado
Não estranhe se topar com livros com títulos aparentemente poucos eróticos, como “A filha rejeitada do magnata de Wall Street”, de Cláudia Castro. Um dos subgêneros mais populares da literatura hot é o do “bebê rejeitado”. Nessas histórias, o galã abandona a mocinha grávida pelos motivos mais mirabolantes: desconfia que o filho não seja dele ou perdeu a memória e esqueceu que será pai. É claro que, à medida que as páginas avançam, ele corrige o erro cometido e aprende a ser um bom pai (o que o torna ainda mais desejável aos olhos das leitoras).

Gravidez indesejada
Mas nem sempre um homem desconfiado ou desmemoriado abandona seu bebê. Às vezes, é uma gravidez indesejada que move um bom romance hot. Na maior parte dos casos, os protagonistas são solteiros inveterados que nem pensavam em filhos até que... Se interessou por esse roteiro? Dê uma olhada na série “O bebê do bad boy”, de Mari Cardoso.

 

Romance esportivo
O mundo dos esportes também é um dos cenários preferidos das leitoras de romances apimentados. Se o esporte praticado for o hóquei, melhor ainda. Lola Belluci explica que há dois tipos de romance esportivo em alta. Um deles envolve atletas profissionais e caiu no gosto das leitoras mais velhas. As mais jovens, no entanto, preferem histórias protagonizadas por atletas universitários e ambientadas no exterior, como “Manual do clichê imperfeito”, de Belluci, que se passa nos Estados Unidos e no qual a mocinha se apaixona por um jogador de hockey.

Contrato
Lola Belluci estourou como autora hot com “Contrato de prazer”, a história de uma jovem desempregada que aceita viver um relacionamento de mentira com um empresário rico. Livros nos quais o que era uma transação comercial vira uma paixão tórrida constituem um dos subgêneros mais populares na literatura hot.

Enemies to lovers
É um clássico das comédias românticas: no começo, os dois se odeiam, são inimigos declarados, mas logo se apaixonam e percebem que se entendem muito bem na cama. Não é de estranhar que esse tipo de história faça muito sucesso na literatura hot. Um exemplo é “Um amor de vizinho”, de Karen Santos, protagonizado por Amy, uma médica nerd que não suporta Maximilian Green, seu colega de trabalho que, pior, mora no mesmo prédio que ela.