Ministério da Fazenda

Fazenda atribui alta do PIB a precatórios e mais crédito, e espera desaceleração

Ministério ressalta que elevação dos números se destaca no setor de serviços. Tragédia no RS pode derrubar índices nos meses seguintes

Alta do PIB é resultado de precatórios e mais crédito, mas desaceleração é esperada pela Fazenda - Valter Campanato/Agência Brasil

A elevação do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,8% no primeiro trimestre de 2024 foi sentida, principalmente, no setor de serviços, apontando para a importância do consumo das famílias na economia, que voltou a crescer pela demanda, destacou o Ministério da Fazenda. A pasta ressaltou o aumento do poder de compra, impulsionado pelo acesso maior ao crédito e o pagamento de precatórios.

“Comparativamente às expectativas para o crescimento na margem, destacou-se o crescimento acima do esperado do PIB de serviços, repercutindo a expansão da massa de rendimentos, das concessões de crédito e o pagamento de precatórios", disse o ministério em nota.

"Avanços expressivos foram verificados para atividades de informação e comunicação e imobiliárias, para o comércio, para os transportes e para outras atividades de serviços, relacionadas a serviços prestados às famílias”, completou.

O Ministério do Planejamento e Orçamento decidiu, no início deste ano, antecipar para o mês de fevereiro todo o pagamento de precatórios estimado para 2024. Com isso, cerca de R$ 30,1 bilhões foram injetados na economia.

– Seguimos acima da média e na direção correta. Está em linha com o que a gente apresentou no segundo relatório bimestral e com um resultado primário acima do esperado. O esforço tem sido no sentido de atingir equilíbrio fiscal ainda em 2024 – afirmou o ministro em exercício da Fazenda, Dario Durigan.

A Fazenda também destacou o crescimento abaixo do esperado para o PIB da indústria. A pasta avalia que as indústrias extrativistas e de construção foram as que sofreram maior retração.

“No caso da indústria, a variação interanual desacelerou de 2,9% no quarto trimestre de 2023 para 2,8% no primeiro trimestre de 2024. A desaceleração repercutiu o menor ritmo de expansão da indústria extrativa e da produção de eletricidade e gás, em contrapartida à aceleração observada para a indústria de transformação e construção”, disse a nota.