Transtorno

Painel de especialistas dos EUA rejeita uso de MDMA para transtorno de estresse pós-traumático

Para grupo independente, os dados dos ensaios clínicos não comprovam que os benefícios superam os riscos do tratamento

O painel votou 9-2 sobre se a terapia assistida por MDMA foi eficaz e votou 10-1 sobre se os benefícios - Pexels

Um painel consultivo independente da FDA, agência que regula medicamentos nos EUA, rejeitou nesta terça-feira (4) o uso de terapia assistida por MDMA para transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). O resultado foi motivado por preocupações em relação à eficácia e segurança do novo tratamento.

O painel votou 9-2 sobre se a terapia assistida por MDMA foi eficaz e votou 10-1 sobre se os benefícios do tratamento proposto superavam os seus riscos.

O MDMA é o princípio ativo do ecstasy. Nos últimos anos, os estudos sobre o potencial dessa droga no tratamento de doenças mentais vem sendo analisado.

Por exemplo, houve preocupação em relação ao fato de participantes do estudo serem capazes de adivinhar corretamente se tinham recebido MDMA - em geral, os participantes não sabem o tratamento que estão recebendo, para evitar o "efeito placebo". Outro sinal de alerta foi em relação aos potenciais efeitos cardiovasculares do medicamento e terapeutas que orientaram as sessões e podem ter influenciado positivamente os resultados dos pacientes.

Embora a votação não seja vinculativa para a FDA, a agência frequentemente segue as recomendações dos seus painéis consultivos. A decisão final da agência é esperada para meados de agosto.

O MDMA, ou metilenodioximetanfetamina, às vezes também chamada de midomafetamina, é uma droga psicoativa sintética que promove autoconsciência, sentimentos de empatia e conexão social.