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Funcionários da Eletrobras rejeitam proposta de ACT e decidem por greve a partir de 10 de junho

A Eletrobras apresentou uma proposta de acordo coletivo que reduzia o salário de quem ganhava abaixo de R$ 16 mil

Eletrobras - Divulgação

Em assembleias realizadas em todas as bases da Eletrobras no País nos últimos dois dias, os funcionários da empresa privatizada há dois anos decidiram rejeitar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/26 e iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (10), informou o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE).

A categoria decidiu também pedir a mediação pré-processual no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

"Ainda tem assembleias em bases menores hoje, mas tivemos mais de 90% deliberados", informou o CNE.

Segundo a Eletrobras, as bases que tiverem aceitado o acordo receberão abonos salariais na próxima sexta-feira, 7.

A Eletrobras apresentou uma proposta de acordo coletivo que reduzia o salário de quem ganhava abaixo de R$ 16 mil em 12,5%, corte reduzido para 10% e depois retirado da mesa.

Na proposta final, apresentada na quinta e última reunião entre as partes, no dia 23 de maio, a empresa manteve o corte para quem ganha acima de R$ 16 mil, mas por meio de negociações individuais. A data de vigência do ACT atual termina em 7 de junho.

Pela proposta, os salários atuais para quem ganha mais de R$ 6 mil ficariam sem reajuste por dois anos, e quem ganha abaixo disso receberia 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também durante a vigência do ACT 2024/26.

Os benefícios recebidos pelos empregados também não terão reajustes no período.

O CNE acusa a empresa de fazer pressão sobre os empregados para aprovação do acordo, com o pagamento do abono de R$ 9 mil até sexta-feira, enquanto as perdas com o novo ACT, em dois anos, seriam de R$ 51 mil, em média, para cada trabalhador.