Brigadeirão envenenado: o que falta ser esclarecido na trama do assassinato de empresário
Luiz Marcelo Ormond foi encontrado morto em seu apartamento no último dia 20
Uma das lacunas que estava faltando na investigação da morte do empresário Luiz Marcelo Ormond foi resolvida na noite da última terça-feira.
Naquela ocasião, a psicóloga Júlia Cathermol Pimenta, que estava foragida, suspeita de matar o namorado ao supostamente envenenar um brigadeirão, se entregou na 25ª DP (Engenho Novo), mas se manteve em silêncio.
Apesar de a polícia dizer haver indícios para apontar uma mandante para o crime, Suyany Breschak, que se apresentava como cigana, a investigação ainda não foi concluída porque a motivação ainda não está clara.
O que falta ser esclarecido no caso? Confira abaixo:
Por que Luiz Marcelo Ormond foi morto?
Júlia disse aos pais ter cometido uma "besteira" por medo de "feitiços", mas não disse à polícia o motivo de matar o namorado. A polícia acredita que a motivação tenha sido "econômica", para ficar com os bens da vítima.
Onde foram parar as armas que ficavam no apartamento da vítima?
A investigação sabe que o armamento passou na mão de suspeitos no caso, como a cigana Suyany, mas não onde está atualmente. As armas ainda não foram encontradas.
O suposto brigadeirão envenenado matou o empresário?
Laudo de necropsia detectou "pequena quantidade de líquido achocolatado" como conteúdo gástrico de Luiz Marcelo. Outro laudo, feito após exames no Instituto Médico-Legal, apontou a presença de mais duas substâncias no corpo: clonazepam — um tranquilizante — e morfina. A causa da morte, no entanto, ainda não foi identificada.
Em que momento Luiz Marcelo morreu?
Pelo avançado estado de decomposição em que foi encontrado, a estimativa é que ele tenha morrido de 3 a 6 dias antes de ser encontrado no dia 20. O corpo estava deitado sobre o sofá da sala. Ainda não há uma data exata definida da morte.
Qual era o valor movimentado na conta da vítima?
A polícia afirma que Luiz Marcelo tinha acabado de vender um imóvel, que recebia quantias mensais por aluguéis e e que teve celular, laptops e carro subtraídos de seu apartamento. No entanto, só a quebra de sigilo bancário permitirá à investigação saber para onde foram esses valores e se há alguma transferência bancária em sua conta. A investigação ainda não concluiu se houve movimentações financeiras.
Júlia usou o cartão?
Júlia passou três dias no apartamento com o cadáver, aguardando a chegada de um cartão da conta conjunta do casal. Horas após recebê-lo, foi embora. Mas não se sabe se ela o utilizou, só será possível após a quebra do sigilo bancário.