CASO BRIGADEIRÃO

Defesa de suspeita de envenenamento com brigadeirão questiona relação com suposta cigana

As duas mulheres estão presas; Júlia Pimenta se entregou na última terça-feira (4)

Júlia Cathermol Pimenta e Suyany Breschak: as duas estão presas, suspeitas de envolvimento na morte do empresário Luiz Marcelo Ormond - Reprodução

Em nota enviada à imprensa, a defesa da psicóloga Júlia Cathermol Pimenta — suspeita de envenenar e matar o namorado, Luiz Marcelo Ormond, com um brigadeirão — questiona a influência de Suyany Breschak, uma suposta cigana, na vida da cliente. O documento, assinado pela advogada Hortência Menezes, pede "olhar mais apurado" sobre a relação de 11 anos entre as duas. Suyani prestava orientação espiritual a Júlia, que pagava pelos trabalhos.

No dia seguinte à prisão de Júlia, que se entregou na 25ª DP (Engenho Novo) na noite desta terça-feira, sua advogada questiona se "animar e encorajar os seus membros" não seria justamente a "missão" dos sacerdotes, "tornando-se exemplos por suas ações".

O comunicado menciona ainda ser preciso entender a relação de "aconselhamento e de orientação 'religiosa'" entre Suyany e Júlia, já que era "fundamentada na monetização financeira e no medo". O documento também cita que Júlia tem "transtorno mental"

A advogada Hortência Menezes diz esperar ainda "encontrar respostas" nas provas técnicas, que poderão ser produzidas a partir da quebra de dados telemáticos, telefônicos e do sigilo bancário dos envolvidos no caso.

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Júlia entrou na 25ª DP (Engenho Novo) com a cabeça baixa, de capuz cinza e máscara no rosto na noite desta terça-feira, quando se entregou. Ela não quis falar com a imprensa. A suspeita estava acompanhada da advogada Hortência Menezes e do delegado Marcos André Buss. O encontro foi negociado com a polícia, enquanto a mãe e o padrasto de Júlia prestavam depoimento.

"Foi por isso que trouxemos a mãe e o padrasto dela (para a delegacia). Imaginamos que iria ajudar na negociação para ela se entregar" afirmou o investigador.

Já Suyany Breschak está presa desde o último dia 28, apontada como comparsa de Júlia. Nesta quarta-feira, no entanto, o delegado Marcos Buss, titular da 25ªDP (Engenho Novo), afirmou, em entrevista, ter elementos suficientes para acreditar que a mulher que se apresenta como cigana é, na verdade, a mandante do assassinato.