Envenenamento por brigadeirão: suspeita agiu porque acreditava que 'feitiço' mataria sua família
A versão sobre envenenamento por brigadeirão foi contada, em depoimento, tanto por sua mãe, como por seu padrasto
Suspeita de envenenar e matar o namorado — o empresário Luiz Marcelo Ormond foi encontrado morto em seu apartamento, no Engenho Novo, no Rio de Janeiro, no último dia 20 —, a psicóloga Júlia Cathermol Pimenta justificou que fez uma "besteira" acreditando que uma "feiticeira" mataria sua família através de feitiços.
A versão foi contada à polícia, em depoimento, por Carla Cathermol de Faria (mãe de Júlia) e Marino Bastos Leandro, o padrasto.
O casal, que mora em Maricá (RJ), esteve na 25ª DP (Engenho Novo) na noite de terça-feira. Marino, um policial civil aposentado, relatou que Júlia contou à mãe ter sido "induzida por uma 'feiticeira'": a mãe, o padrasto e outro namorado de Júlia, Jean Cavalcante de Azevedo (que disse à polícia desconhecer a vida paralela da companheira), seriam os alvos de "feitiço" que os mataria.
Envenenamento por brigadeirão: ameaça?
Já Carla, mãe de Júlia, relatou em depoimento que a filha afirmava estar "sob forte ameaça de uma mulher chamada Suyany", pessoa que teria a obrigado a fazer "uma besteira".
Júlia ainda acreditava, de acordo com o relato de sua mãe, que estaria doente por conta de uma "feitiçaria" e que até o padrasto, Marino, teria sofrido um acidente doméstico "resultado de um feitiço de Suyany".
Após os depoimentos, a polícia apontou que há elementos suficientes para acreditar que Suyany Breschak é a mandante e a arquiteta do assassinato do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond.
Essa mulher, presa desde o último dia 28, é suspeita de envolvimento no crime e se apresenta como cigana. Há 10 anos, ela prestava orientação espiritual a Júlia.
Até então foragida, Júlia Cathermol Pimenta se entregou no fim da noite de terça-feira, após negociação realizada durante o depoimento de sua mãe e de seu padrasto.