Biden garante que Ucrânia não mais usará armas americanas para atacar Moscou
Decisão de não mais usar armas americanas contra Moscou foi atribuída ao bombardeio diário da Rússia em Kharkiv
O presidente americano, Joe Biden, insistiu, nesta quinta-feira (6), que as armas dos Estados Unidos não serão usadas contra Moscou, depois de autorizar a Ucrânia a atacar o interior da Rússia com armamento do Ocidente.
Em resposta à ofensiva russa no nordeste da Ucrânia, os Estados Unidos e outros países permitiram que Kiev utilizasse armas enviadas pelo Ocidente para atacar alvos em território russo.
"Está autorizado o uso nas proximidades da fronteira, quando do outro lado estiverem atacando alvos específicos na Ucrânia", disse Biden à ABC News em entrevista publicada nesta quinta-feira.
"Não autorizamos ataques a 300 quilômetros dentro da Rússia e não autorizamos ataques a Moscou, ao Kremlin", acrescentou.
Autoridades americanas disseram na semana passada que Washington suspendeu parcialmente suas restrições para permitir que a Ucrânia defendesse sua região leste de Kharkiv, fronteira com a Rússia.
A mudança de postura americana foi atribuída pelas autoridades ao bombardeio diário da Rússia em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.
Biden disse que as armas fornecidas pelos Estados Unidos deveriam atacar "do outro lado da fronteira, (de) onde estão recebendo disparos significativos de armas convencionais utilizadas pelos russos para alcançar a Ucrânia e matar ucranianos".