CRIMES

Chantagem, ameaças e pix: como quadrilha de garotos de programa extorquia clientes

Quadrilha chegava a fotografar a fachada da casa de seus alvos para ameaçá-los

Fábio dos Santos Pita Júnior, conhecido como Pedro Dom, é apontado como chefe do grupo - Polícia Civil/Divulgação

Ameaças, perseguições e chantagens. Essas eram as táticas usadas pela quadrilha de garotos de programa acusada de extorquir dinheiro de ex-clientes. Segundo a Polícia Civil, para que não tivesse sua intimidade exposta, a vítima fazia transferências bancárias via Pix aos criminosos.

As extorsões partiam de mais de um membro da quadrilha. O grupo foi alvo de uma operação da 21ª DP (Bonsucesso). Ao todo, quatro pessoas foram presas.

Caso as vítimas parassem de ceder à extorsão e, consequentemente, parassem de enviar dinheiro aos criminosos, a estratégia adotada pela quadrilha era a de pegar dados da vítima, dizer que faria algum mal aos parentes, e até fazer fotos da casa da pessoa. O objetivo era que os pagamentos fossem retomados.

INVESTIGAÇÃO
O ponto inicial da investigação se deu depois que um jovem procurou a delegacia distrital para contar que estava sendo chantageado.

De acordo com a vítima, ela fez contato com um dos garotos de programa e, após o encontro, começou a receber mensagens ameaçando expor para a sua família o que tinha ocorrido.

Ao todo, cinco vítimas foram identificadas e a expectativa da polícia é que o número de denúncias cresça após a divulgação da operação.

Os garotos de programa não atendiam em um ponto fixo, mas anunciavam os programas através de um site, marcando o atendimento normalmente para um motel.

— Um apelo a quem tenha sido vítima de um crime similar é que procure uma delegacia. Se for (vítima) dessa quadrilha específica, pode procurar a 21ª DP (Bonsucesso), porque estamos com essa investigação em andamento — completou o delegado titular da distrital.