FUTEBOL

Eurocopa 2024: saiba quem são as cinco favoritas ao título

Cinco seleções dividem favoritismo para a competição, cada um com seus altos e baixos.

Harry Kane, principal atacante da Inglaterra - OLI SCARFF/ AFP

A quatro dias do início da Eurocopa — competição que tem cara de Minicopa do Mundo por reunir boa parte das principais seleções do planeta —, a expectativa é por um torneio dos mais equilibrados dos últimos tempos.

Com várias postulantes à condição de favorita, arriscar uma campeã de forma precoce é um exercício de alto risco.

Das 24 seleções participantes da Euro, cinco são tidas como fortes candidatas: Alemanha (que joga em casa), Espanha, França, Inglaterra e Portugal.

A atual campeã Itália e o jovem time da Holanda, apesar de menos badalados, podem surpreender durante a trajetória de um mês até a taça.

 

O equilíbrio, de certa forma, é uma característica histórica do torneio. Dez seleções diferentes já conquistaram a Euro, entre elas algumas grandes zebras, como a Dinamarca de 1992 e a Grécia em 2004.

Ninguém tem mais do que três canecos, e apenas em uma oportunidade houve um bicampeonato consecutivo, feito alcançado pela equipe espanhola em 2008 e 2012.

Alemanha
Com uma mistura entre jogadores já experientes na seleção e jovens destaques da última temporada europeia, o país-sede do torneio contará com o apoio da torcida para potencializar a sua força. Mesmo com menos de um ano no cargo, o técnico Julian Nagelsmann já conseguiu implementar algumas ideias de jogo, e o desempenho do time melhorou no período.

Se todos estes motivos já não fossem suficientes para acreditar no título, a competição marcará ainda a despedida dos gramados de um dos maiores jogadores do século: o meio-campista Toni Kroos, lenda do Real Madrid, anunciou que irá se aposentar e agora vai em busca do único troféu que não conseguiu levantar na vitoriosa carreira.

Espanha
A Espanha tenta consolidar um projeto de reformulação. Após ter dificuldades para superar a equipe histórica campeã do mundo e bicampeã da Europa, o país parece ter se encontrado na nova leva de jogadores. Com muitos nomes jovens, a seleção conseguiu seu primeiro título em dez anos: a Liga das Nações de 2022.

O treinador Luis de La Fuente comandou o time em 17 partidas e sofreu apenas duas derrotas, sendo ambas com os reservas. Perto de completar dois anos de trabalho, ele terá a primeira “prova de fogo” no cargo.

França
Falar sobre a força da França não é uma novidade. Campeã do mundo em 2018 e vice em 2022, a equipe liderada por Mbappé é repleta de nomes pesados do futebol mundial e tem a seu favor um treinador que conhece muito bem o material humano que tem em mãos.

Didier Deschamps é o comandante da seleção francesa há 12 anos e já conquistou o troféu mais almejado do cargo. No entanto, as decepções nas Eurocopas de 2016 — quando perdeu a decisão, em casa, para Portugal — e de 2020 — quando foi surpreendentemente eliminado nas quartas de final para a Suíça — fazem com que a competição seja um sonho de consumo.

Inglaterra

Vice-campeã da última Euro, a Inglaterra chega para esta edição com a garganta entalada pela derrota para a Itália. São muitos nomes repetidos no elenco, o que faz com que a equipe esteja mais madura e resiliente.

Apesar de jovem, a seleção inglesa é repleta de jogadores já consolidados na prateleira de destaque do cenário mundial. Seu elenco é possivelmente o mais forte do Velho Continente. No entanto, os questionamentos quanto ao treinador, Gareth Southgate, são um fator que não deve ser ignorado. O técnico é constantemente criticado por não conseguir extrair o máximo das estrelas que tem à disposição.

Portugal
Apesar de ter vencido uma Eurocopa recentemente, em 2016, Portugal chega mais forte ainda para esta edição. Com uma das melhores gerações de sua história, a seleção portuguesa passou por uma evidente subida de patamar desde que Roberto Martínez assumiu o comando, em 2023. Nos 11 primeiros jogos, o treinador venceu todos — e encantou com o futebol ofensivo apresentado.

A invencibilidade caiu nesta temporada, e as duas derrotas nas últimas quatro apresentações do time acenderam um leve sinal de alerta para a competição europeia. Mas a confiança dos torcedores no novo comando e no inesgotável Cristiano Ronaldo segue firme.