Partido de extrema direita alemã retirou seu líder da delegação de eurodeputados
Extrema-direita ficou em segundo lugar nas eleições europeias na Alemanha
O partido de extrema-direita AfD, segundo lugar nas eleições europeias na Alemanha, derrubou o seu líder, Maximilian Krah, da sua delegação no Parlamento Europeu devido a uma série de escândalos, informou nesta segunda-feira(10) o partido.
"Isso mesmo", disse uma porta-voz do partido à AFP nesta segunda-feira, quando questionado se o parlamentar seria afastado da delegação da AfD (Alternativa para a Alemanha).
Porém, como foi eleito nas eleições de domingo, Krah “poderá naturalmente tomar posse da sua carga no Parlamento Europeu”, mas não sob a sigla AfD, acrescentou o porta-voz à AFP.
Krah, um advogado de 47 anos, já tinha sido afastado no final da campanha eleitoral depois de ter considerado que um SS não era "automaticamente um criminoso".
Após as declarações, ele foi proibido de celebrar comitês eleitorais e vetados dos órgãos dirigentes.
O eurodeputado e candidato à reeleição também é visto como um político simpático à China e à Rússia.
Um dos seus assessores no Parlamento, Jian Guo, foi preso no final de abril por suspeitas de espionagem para Pequim.
A AfD obteve o seu maior resultado histórico nas eleições europeias, com 15,9% dos votos, o segundo lugar atrás dos conservadores da CDU/CSU, de acordo com resultados oficiais divulgados nesta segunda-feira, ainda não definitivos.
Ficou à frente dos sociais-democratas do SPD, dos Verdes e dos liberais, os três partidos da coligação governamental alemã, e poderá ter 15 eurodeputados, que farão parte do grupo Identidade e Democracia (ID).