Presos mantêm greve de fome na Venezuela
A ONG não informou o total de detentos que se recusam a receber alimentos
Detentos de pelo menos 16 penitenciárias na Venezuela permanecem em greve de fome para protestar contra supostas "violações" dos seus direitos, informou na segunda-feira uma ONG que monitora a proteção dos presos.
A greve, que começou no domingo em seis prisões, foi ampliada para "16 penitenciárias, quatro anexos femininos e mais de 10 delegacias policiais" em 14 dos 24 estados do país, informou o Observatório Venezuelano de Prisões (OVP) em um comunicado.
A ONG não informou o total de detentos se recusam a receber alimentos.
"O sistema penitenciário enfrenta uma profunda crise, caracterizada pela violação das garantias judiciais e pela desídia na administração da justiça. Os presos, muitos deles sem uma sentença definitiva, travam uma batalha constante em um ambiente marcado pela violação sistemática de seus direitos humanos", afirmou a OVP.
A ONG destaca que os detentos exigem a "atualização de suas penas, a concessão de medidas humanitárias, transferências para as prisões de origem", entre outras medidas.
Sem mencionar a greve de fome, a ministra do Serviço Penitenciário, Celsa Bautista, anunciou na segunda-feira o início de uma "abordagem jurídica" no Centro Penitenciário Judicial 'Rodeo III', no estado de Miranda (centro), um das penitenciárias em greve.
Até 2022, a Venezuela tinha mais de 30.000 detentos, sesegundo o OVP.