PETRÓLEO

Petróleo segue em alta, mas perde fôlego

Opep manteve suas estimativas de consumo mundial de petróleo para 2024 e 2025 em seu relatório mensal

Plataforma de Petróleo - Helmut Otto/Agência Petrobras

Os preços do petróleo tiveram, nesta terça-feira (11), sua quarta alta em cinco sessões, embora o fôlego esteja se esgotando em um mercado que espera sinais tangíveis de consolidação da demanda.

O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em agosto terminou em alta de 0,35%, a 81,92 dólares.

Enquanto isso, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para julho subiu 0,20%, a 77,90 dólares.

O mercado recebeu vários dados relevantes durante o dia. A Opep manteve suas estimativas de consumo mundial de petróleo para 2024 e 2025 em seu relatório mensal.

A organização espera que o setor de serviços mantenha seu dinamismo no segundo semestre, "em particular as viagens e o turismo, o que deveria ter um impacto positivo na demanda de petróleo", segundo o relatório.

Por outro lado, a Agência Americana de Informação sobre Energia (EIA) aumentou sua projeção de demanda para 2024 para 102,98 milhões de barris diários (mbd), frente a 102,84 mbd em maio.

A agência antecipa, em particular, um aumento no consumo de petróleo na China e na Índia.

Paralelamente, a agência reduziu suas previsões de produção, de 102,76 mbd para 102,57 mbd.

Esses números "sustentam os preços por enquanto", mas a situação é frágil, resumiu John Kilduff, da Again Capital.

"Agora precisamos de sinais do lado da demanda", advertiu o analista, que espera para quarta-feira dados do relatório semanal da EIA sobre as reservas nos Estados Unidos.

"Será muito importante para o mercado", insistiu. Se as entregas de gasolina ficarem "abaixo de 9 mbd, isso obscurecerá o panorama e será difícil manter os ganhos recentes", estimou.