Tarifas

UE ameaça China com aumento de tarifas sobre carros elétricos

Em um comunicado, a Comissão explicou que estas são as conclusões provisórias de uma investigação

A Comissão concluiu que a cadeia produtiva de carros elétricos na China se beneficia de subsídios - Reprodução/Internet

A UE ameaçou, nesta quarta-feira (12), aumentar as tarifas sobre as importações de carros elétricos da China a partir de julho se o diálogo com as autoridades chinesas sobre os subsídios ao setor não prosperar, anunciou a Comissão Europeia.

A Comissão concluiu que a cadeia produtiva de carros elétricos na China se beneficia de subsídios e por isso definiu um aumento das tarifas que, caso "as negociações com as autoridades chinesas não conduzam a uma solução eficaz", será aplicado a partir de 4 de julho.

Em um comunicado, a Comissão explicou que estas são as conclusões provisórias de uma investigação aberta no ano passado.

Segundo a Comissão, os subsídios ao setor dos veículos elétricos na China representam uma "ameaça de danos econômicos aos produtores" de veículos elétricos na UE.

"Consequentemente, a Comissão entrou em contato com as autoridades chinesas para discutir estas conclusões e explorar possíveis formas de resolver os problemas identificados, de forma compatível com a Organização Mundial do Comércio (OMC)", diz o comunicado.

O vice-presidente executivo da Comissão, Valdis Dombrovskis, afirmou na rede X que "o nosso objetivo não é fechar o mercado da UE aos carros elétricos chineses, mas garantir que a concorrência seja leal".

Pouco antes deste anúncio, o governo chinês alertou que um eventual aumento das tarifas ou a adoção de medidas adicionais "prejudicaria os interesses da UE" e condenou o "protecionismo" do bloco.

"Instamos a UE a cumprir o seu compromisso de apoiar o livre comércio e opor-se ao protecionismo e trabalhar com a China para defender os interesses gerais da cooperação econômica e comercial entre China e UE", disse o porta-voz do governo chinês, Lin Jian.

A China, advertiu o porta-voz, "tomará todas as medidas necessárias para preservar firmemente os seus direitos e interesses legítimos".