Pros: Polícia Federal encontra R$ 26 mil em espécie durante operação de desvio de recursos
Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão preventiva e 45 de busca e apreensão
A Polícia Federal encontrou nesta quarta-feira R$ 26 mil em espécie durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em um escritório em Goiás. A diligência ocorreu durante a operação que mira em suspeitas de desvios recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral nas eleições de 2022. Entre os alvos estão ex-dirigentes do Pros, partido que se fundiu no ano passado com o Solidariedade após o mau desempenho nas urnas. A apuração teve início a partir de denúncia sobre o desvio de aproximadamente R$ 36 milhões.
Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão preventiva, 45 mandados de busca e apreensão em dois estados (GO e SP) e no DF, bloqueio e indisponibilidade de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis, deferidos pela Justiça Eleitoral do Distrito Federal.
O principal alvo de mandado de prisão preventiva é Eurípedes Júnior, atualmente presidente do Solidariedade, mas que na época chefiava o Pros. Na lista dos mandados de prisão também há outros ex-dirigentes e ex-candidatos da sigla nas eleições de 2022.
Em nota, a PF disse ter identificado, por meio de Relatórios de Inteligência Financeira e da análise de prestações de contas de supostos candidatos, indícios que apontam para existência de uma organização criminosa estruturalmente ordenada com o objetivo de desviar e se apropriar de recursos dos fundos Partidário e eleitoral.
As investigações apontam que o grupo utilizava candidaturas laranjas ao redor do país, de superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem Social (FOS) – fundação do partido.
"Os atos de lavagem foram identificados por meio da constituição de empresas de fachada, aquisição de imóveis por meio de interpostas pessoas, superfaturamento de serviços prestados aos candidatos laranjas e ao partido", informou a PF, em nota.
Outra suposta irregularidade apontada pela investigação é o desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem Social (FOS) – fundação do partido.
Segundo a corporação, os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.