Petróleo

Solução para Margem Equatorial "transcende a questão técnica", avalia Magda Chambriard

Petrobras vai se reunir com o Conselho Nacional de Política Energética para encaminhar solução a impasse na Foz do Amazonas

Magda Chambriard, presidente da Petrobras - Rafael Pereira/Agência Petrobras

A exploração de petróleo na Margem Equatorial é tema que não passa apenas por uma decisão técnica, avalia Magda Chambriard, presidente da Petrobras, durante o FII Priority Summit, que reúne lideranças e executivos em seu primeiro encontro na América Latina, no Rio de Janeiro.

Há um ano, a decisão do Ibama negar licença ambiental para explorar um bloco de petróleo da estatal nessa região acendeu uma luz amarela sobre a exploração de blocos arrematados na localidade.

A Margem Equatorial é uma região que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte e é apontada como nova fronteira petrolífera, com potencial de 10 bilhões de barris.

— Mantemos a nossa posição de que a Margem Equatorial assim como outras novas fronteiras exploratórias é essencial para a reposição de reservas do país — afirmou ela.

— Exige antecedência esse desenvolvimento em águas profundas, caso haja descoberta, caso ela seja economicamente viável e grande o suficiente para desenvolvermos. Ainda demora muito.

Na avaliação de Magda, o Brasil já perdeu dez anos em exploração na Margem Equatorial, considerando que o leilão para explocar blocos na região foi realizado em 2013. E diz que há esforço de empresas para fazer a produção, e que o impasse transcende a questão técnica:

— Não é crível que três grandes petroleiras (Total, BP e Petrobras) estejam desempenhando mal o seu papel em termos de licenciamento. Nosso entendimento é que o que não se resolveu em dez anos, dificilmente será resolvido tecnicamente. É uma questão que transcende a discussão técnica.

Mas cedo, na abertuda do evento, no Rio, o presidente disse que o início da exploração de petróleo na Margem Equatorial vai garantir um “salto de qualidade extraordinária” no país. E sublinhou que o Brasil precisa atuar respeitando o meio ambiente, mas que não pode desperdiçar oportunidades.

A solução, continua a presidente da Petrobras, passaria por uma reunião com o Conselho Nacional de Política Energética, o que está nos planos da Petrobras. Para mostrar como a a companhia atua e produz “com excelência”, com responsabilidade ambiental e social.