Tecnologia

Com IA, Brasil será um dos protagonistas em energia renovável

Para Yasir Al-Rumayyan, soluções em energia renovável são fundamentais para expansão das tecnologias de IA

Yasir Al-Rumayyan, líder do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, em evento no Rio - Divulgação/FII Institute

O Brasil se destaca como um dos maiores atores globais em soluções de energia renovável para apoiar a expansão da inteligência artificial, avalia Yasir Al-Rumayyan, que lidera do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita; presidente da Saudi Aramco e do FII Institute.

Ele participa do FII Priority Summit, evento que reúne líderes mundiais e executivos, em sua primeira edição na América Latina, no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. E falou na abertura do evento, que contou também com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do prefeito Eduardo Paes e do governador Cláudio Castro.

Organizada pelo Future Investiment Initiative Institute, entidade sem fins lucrativos e que opera com recursos do Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita — que detém uma carteira de US$ 925 bilhões em investimento —, o evento, que segue até esta quinta-feira, vai discute temas como transição ecológica, tecnologia e inovação e inclusão social.

Demanda do avanço da IA
A expansão em soluções de energia renovável será fundamental, disse Al-Rumayyan, para apoiar a expansão das tecnologias de inteligência artificial globalmente, evitando aumento de emissões de gases de efeito estufa.

Ele disse que a IA já é uma realidade e, com ela, é esperado um aumento de consumo numa base anual de 3% a 6%, globalmente. O ChatGPT consome em um dia, disse o executivo saudita, o equivalente a 273 mil residências da Califórnia em um ano.

— É um grande desafio que o mundo vai enfrentar. Vão ser mais emissões, se continuarmos usando combustíveis fósseis. Temos de buscar uma solução de como empoderar a revolução da Ia com energia renovável. E o Brasil é um dos maiores atores nisso — afirmou Al-Rumayyan.

O fundo saudita direciona perto de US$ 200 bilhões, ou 20% de seus recursos, a projetos internacionais. No Brasil, a atuação teve início em 2016, explicou ele, frisando que os aportes são voltados a projetos domésticos novos e que garantam geração de emprego e contribuam para o crescimento da economia.

Al-Rumayyan disse que o fundo tem interesse em investir em áreas como tecnologia, mineração, mas também em futebol. É movimento relacionado à população do país, composta em sua maioria por jovens.

— Uma das coisas que estamos interessados em recompor é a questão do entretenimento através do esporte, daí o interesse em futebol — disse ele, que é presidente do New Castle, time inglês de futebol.