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Bolsas da Europa fecham em baixa, reagindo aos sinais do Fed e com cautela de dirigentes do BCE

Na zona do euro, a produção industrial caiu 0,1% em abril, segundo a Eurostat, contrariando projeção do The Wall Street Journal de alta de 0,1%

Banco Central Europeu - Divulgação

As bolsas da Europa fecharam em baixa nesta quinta-feira, 13, reagindo às sinalizações do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) que vieram depois que os mercados no continente já estavam sem operação na sessão anterior.

A autoridade indicou que deverá cortar juros apenas uma vez nesta ano, o que pressionou os ativos, que vinham de impulso com os dados da inflação americana.

Além disso, as constantes declarações de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) pregando cautela sobre novos cortes de taxa contribuem para a pressão nas ações.
 

Nesta quinta, o dirigente do BCE Madis Muller alertou que a inflação da zona do euro poderá voltar a acelerar de novo, ressaltando que o BCE ainda não atingiu sua meta de 2%.

A autoridade cortou juros na semana passada, mas há dúvidas de quando poderá ocorrer uma nova redução. "Para cumprir nossa meta, as taxas de juros provavelmente ainda precisam continuar acima da média durante algum tempo", disse ele.

Já o integrante do conselho Botjan Vasle afirmou que a "redução adicional das taxas de juro será gradual".

Na zona do euro, a produção industrial caiu 0,1% em abril, segundo a Eurostat, contrariando projeção do The Wall Street Journal de alta de 0,1%.

Entre as empresas, ações de montadoras europeias operaram em forte baixa, um dia após a União Europeia anunciar que vai impor tarifas a carros elétricos fabricados na China. Volkswagen e Porsche tinham quedas de 3,3% e 3,6%, respectivamente, na Bolsa de Frankfurt, onde o DAX recuou 1,97%, a 18.263,94 pontos.

As marcas Porsche, Bentley e Lamborghini, que pertencem à Volkswagen, são importadas da China e seriam afetadas pelas tarifas, segundo analistas da Bernstein. A Volkswagen e outras montadoras se opuseram às tarifas da UE devido a preocupações com medidas retaliatórias da China.

Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,63%, a 8.163,67 pontos. Em Paris, o CAC 40 recuou 1,99%, a 7.708,02 pontos. Em Milão, o FTSE MIB cedeu 2,18%, a 33.609,85 pontos. Em Madri, o Ibex35 teve queda de 1,59%, a 11.066,10 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 baixou 1,44%, a 6.565,74 pontos.