Presidentes de Bolívia e Paraguai falam sobre combate ao tráfico e crime organizado
Parte da cocaína que é produzida na Bolívia, ou que vem do Peru, passa pelo território paraguaio com destino a mercados europeus
Os presidentes da Bolívia, Luis Arce, e do Paraguai, Santiago Peña, falaram, nesta quinta-feira (13), em La Paz, sobre a luta bilateral contra o crime organizado e o narcotráfico, e firmaram acordos de integração entre os países.
"Trabalhando juntos, podemos ficar mais fortes nos diferentes desafios que temos, como, por exemplo, a luta contra o crime organizado, o narcotráfico e fortalecimento de nossos organismos de segurança", afirmou Peña, em uma declaração conjunta à imprensa.
Por sua vez, o presidente boliviano indicou que entre os temas que trataram está a segurança e os "projetos econômicos" que os dois têm na agenda.
No final da reunião no Palácio do Governo, a ministra da Presidência, María Nela Prada, reiterou que a segurança foi "o ponto central" da conversa.
Bolívia e Paraguai compartilham uma fronteira de 742 quilômetros, por onde drogas são traficadas.
Parte da cocaína que é produzida na Bolívia, ou que vem do Peru, passa pelo território paraguaio com destino a mercados europeus, segundo o Escritório das Nações Unidas contra as Drogas e Crimes (Unodc).
Em meados de 2023, o traficante uruguaio Sebastián Marset, procurado em seu país e no Paraguai, foi localizado na Bolívia. A polícia boliviana fez diversas operações com o objetivo de capturá-lo, mas não o encontrou.
No encontro desta quinta, Bolívia e Paraguai também firmaram acordos de cooperação bilateral e integração, como no campo tecnológico.
A visita de um dia é a primeira de Peña à Bolívia desde que chegou ao poder, em agosto de 2023.