projeto de lei

Dos 33 deputados que assinam PL que equipara aborto a homicídio, 11 são mulheres; veja lista

A votação aconteceu de modo simbólico e sem que o nome do projeto fosse citado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira

Nikolas Ferreira é um dos 33 deputados que assinam PL que equipara aborto a homicídio - Reprodução/X

O projeto de lei da Câmara que equipara aborto acima de 22 semanas de gestação ao crime de homicídio - mesmo em caso de estupro, feto anencéfalo ou gravidez de risco a vida da mãe - possui 33 autores. Dos deputados que assinam a proposta, 11 são mulheres.

Veja a lista de parlamentares que subscrevem a proposta:

Bia Kicis (PL-DF)

Carla Zambelli (PL-SP)

Cristiane Lopes (União-RO)

Dayany Bittencourt (União-CE)

Coronel Fernanda (PL-MT)

Franciane Bayer (Republicanos-RS)

Greyce Elias (Avante-MG)

Julia Zanatta (PL-SC)

Lêda Borges (PSDB-GO)

Renilce Nicodemos (MDB-PA)

Simone Marquetto (MDB-SP)

Os outros 2/3 dos signatários da proposta são:

Abilio Brunini - PL/MT

Capitão Alden - PL/BA

Sóstenes Cavalcante - PL/RJ

Evair Vieira de Melo - PP/ES

Delegado Paulo Bilynskyj - PL/SP

Gilvan da Federal - PL/ES

Filipe Martins - PL/TO

Dr. Luiz Ovando - PP/MS

Bibo Nunes - PL/RS

Mario Frias - PL/SP

Delegado Palumbo - MDB/SP

Ely Santos - REPUBLICANOS/SP

Dr. Frederico - PRD/MG

Delegado Ramagem - PL/RJ

Junio Amaral - PL/MG

Pastor Eurico - PL/PE

Eduardo Bolsonaro - PL/SP

Pezenti - MDB/SC

Nikolas Ferreira - PL/MG

Eli Borges - PL/TO

Fred Linhares - REPUBLICANOS/DF

Tramitação
Na última quarta-feira, 12, a Casa aprovou a urgência de votação do PL em uma iniciativa de enfrentamento ao Supremo Tribunal Federal (STF). A votação aconteceu de modo simbólico e sem que o nome do projeto fosse citado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Alguns parlamentares sequer perceberam o que estava sendo definido. Houve reclamações sobretudo do PSOL, que é contrário à iniciativa.

O projeto tem o apoio da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) e da bancada da bala, três dos grupos mais conservadores do Legislativo brasileiro. A votação de urgência acelera a tramitação do projeto.

Com a urgência aprovada, a matéria é analisada diretamente no plenário, sem precisar passar antes por discussões em comissões temáticas da Câmara. A expectativa do autor da proposta, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), e do presidente da FPE, Eli Borges (PL-TO), é que o mérito seja votado na semana que vem.

Contudo, ainda há indefinição quanto à data. O governo negocia por uma alteração no texto, por considerá-lo muito duro e aponta que o acordo seria só para a urgência.

Porém, o projeto ainda deve ter um relator designado pelo presidente da Casa, que prometeu uma "mulher, de centro e moderada" para a avaliação da proposta.

"Vamos fazer uma relatora mulher, de centro, moderada, para que possa dar espaço a todas as correntes que pensam diferente", afirmou o presidente da Câmara em uma conferência em Curitiba (PR) nesta quinta, 13.

Segundo a proposta, a pena para a mulher que interromper uma gestação com mais de 22 semanas é de seis a 20 anos de prisão. Hoje a pena para estupro é de seis a 10 anos de prisão, ampliada para até 12 anos caso o crime envolva violência grave.

Se a vítima for menor de 14 anos ou considerada vulnerável por algum outro motivo (como deficiência mental), a lei prevê reclusão de oito a 15 anos, ampliada a no máximo 20 anos se houver lesão corporal grave.