Seleção Brasileira

Calor extremo nos EUA acende alerta para integridade física dos jogadores na Copa América

Com sensação térmica próxima aos 40 graus, a Conmebol divulgou recomendações médicas para evitar Golpe de Calor por Esforço (GCE)

Danilo se hidrata durante treino da Seleção - Rafael Ribeiro/CBF

Em Orlando, Flórida – Desde que chegou à Flórida para os preparativos visando a Copa América, a Seleção Brasileira tem enfrentado uma onda de calor acima da média na costa leste dos Estados Unidos. Temperaturas médias que, geralmente, não ultrapassam os 33 graus no mês de junho, já chegaram aos 36 graus e com sensação térmica batendo nos 40.

Inclusive, nos dois amistosos, primeiro no Texas contra o México e, depois, em Orlando contra a seleção local, foi utilizado o protocolo de hidratação nos dois tempos de cada partida, mesmo com os jogos acontecendo no período da noite. Todos os treinamentos no Complexo Esportivo ESPN estão acontecendo no fim da tarde, justamente para tentar driblar o mormaço e a sensação de abafamento causados pelas temperaturas elevadas.

Normalmente, o próprio corpo humano regula a temperatura, mesmo diante de um calor forte, como o de 40 graus. No entanto, um outro elemento presente no clima da região é a alta umidade do ar que, quando passa dos 75%, como é o caso de Orlando, dificulta o resfriamento, levando os atletas a condições perigosas de desidratação e desequilíbrios eletrolíticos. Casos graves podem resultar em edema cerebral e dano cerebral permanente.

Diante deste cenário, um protocolo foi emitido pela Conmebol, organizadora da competição, fornecendo práticas vitais “para proteger os atletas em condições de calor extremo”.

“Este compromisso estabelece um padrão para as organizações esportivas em todo o mundo, promovendo um ambiente seguro para o futebol, mesmo em condições de calor extremo”, afirmou a entidade.

Dentre as medidas-chave, estão: garantir cuidados médicos adequados e pessoal treinado familiarizado com a prevenção, reconhecimento e tratamento do GCE; realizar exames médicos completos para identificar atletas em risco; adaptação gradual ao calor durante 10 a 14 dias; conscientizar atletas e treinadores sobre os riscos e a gestão do GCE; manter o equilíbrio de líquidos com ingestão regular de fluidos contendo sódio; garantir sono adequado, dieta equilibrada e hidratação correta; e utilizar o índice de Temperatura do Globo Úmido (WBGT) para determinar pausas de hidratação e monitorar as condições ambientais.

A Seleção Brasileira permanece em Orlando, na Flórida, até a próxima quarta-feira (19), quando embarca para Los Angeles, na costa oeste, para a estreia diante da Costa Rica, no dia 24.