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Enchentes no Rio Grande do Sul dão prejuízo de R$ 12 bilhões aos municípios. Entenda

Enchentes no Rio Grande do Sul: Confederação Nacional dos Municípios (CNM) faz alerta e contabiliza prejuízo de R$ 12 bilhões

Enchentes no Rio Grande do Sul: municípios com futuro comprometido - Agência Brasil/EBC/Divulgação

Dados parciais atualizados, ontem, pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostram prejuízo de R$ 12,2 bilhões aos municípios afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, segundo informações oficiais do sistema nacional de Defesa Civil. O setor habitacional é o mais prejudicado, com impacto de R$ 4,7 bilhões até o momento, com 110,9 mil unidades danificadas ou destruídas.

O setor público responde por R$ 2,5 bilhões e o privado por R$ 5 bilhões, sendo R$ 4,1 bilhões relativos à agricultura e R$ 372,1 milhões à pecuária. Desde o dia 24 abril, as tempestades estão assolando o Estado do Rio Grande do Sul, causando R$ 12,2 bilhões em prejuízos financeiros.

São 478 Municípios afetados, segundo a Defesa Civil Estadual. Destes, 418 tiveram decretação de anormalidade feita pelo governo estadual, sendo 323 municípios em emergência e 95 em estado de calamidade pública, dos quais foram devidamente reconhecidos pelo governo federal por rito sumário, sendo que 446 registraram os decretos de anormalidade.

A CNM destaca que dos municípios que registraram os decretos de anormalidade, o total de 159 começaram a detalhar os danos materiais e humanos. Portanto, os valores de R$11,4 bilhões em danos e prejuízos dizem respeito apenas a 159 Municípios e não a todos os municípios afetados. Reitera-se que as informações são parciais e estão sendo alteradas diariamente pelos gestores municipais à medida que o nível da água baixa em algumas regiões e sobe em outras localidades.

O total de R$ 12,2 bilhões em prejuízos foi informado pelos municípios. Desse total, R$ 2,5 bilhões são no setor público, R$ 5 bilhões no setor privado e a maioria dos prejuízos, por enquanto, referem-se ao setor habitacional, com R$ 4,7 bilhões, sendo mais de 110,9 mil casas danificadas ou destruídas.

A CNM reitera que os dados são parciais, informados pelos gestores municipais e estão sendo atualizados à medida que mais municípios preenchem as informações no sistema federal. Por isso, os valores sofrem constantes alterações para mais ou menos à medida que as verificações em campo se intensificam.

Danos materiais (instalações públicas como escolas, hospitais, prefeituras, prédios de serviços públicos, instalações de usos comunitários) somam R$ 432,2 milhões em prejuízos; obras de infraestrutura (pontes, calçamento, asfaltamento de ruas e avenidas, viadutos, sistemas de drenagens urbanas) somam R$ 1,8 bilhão em prejuízos;

Sistema de transportes: R$ 140,3 milhões em prejuízos; assistência médica emergencial: R$ 14,7 milhões em prejuízos; sistema de esgotamento sanitário: R$ 27,1 milhões em prejuízos; limpeza urbana e remoção de escombros (recolhimento e destinação): R$ 40,1 milhões em prejuízos; geração e distribuição de energia elétrica: R$ 6,3 milhões em prejuízos; sistema de ensino: R$ 84,3 milhões em prejuízos; abastecimento de água: R$ 15 milhões em prejuízos; sistema de controle de pragas e vetores (desinfestação e desinfecção) R$ 1,8 milhão em prejuízos.

Distribuição de combustíveis: R$ 1,7 milhão em prejuízos; segurança Pública: R$ 2,3 milhões em prejuízos; telecomunicações: R$ 1,1 milhão em prejuízos. Principais setores privados afetados: Agricultura: R$ 4,1 bilhões em prejuízos; pecuária: R$ 372,1 milhões em prejuízos; indústria: R$ 277,8 milhões em prejuízos; comércios locais: R$ 136,8 milhões em prejuízos; demais serviços: R$ 88,4 milhões em prejuízos.