Com duas vaginas e sem ânus, mulher vive com condição genética ultrarrara

Devido à sua história de vida, mulher que nasceu com 2 vaginas e sem ânus decidiu desenvolver produtos de higiene pessoal voltado para outras pessoas com deficiência (PcD)

Com duas vaginas e sem ânus, mulher vive com condição genética ultrarrara - Instagram/Reprodução

Mulher que nasceu com duas vaginas e sem ânus, em um depoimento publicado na plataforma de vídeos TikTok, detalhou como não tem medo de viver mesmo convivendo com uma condição ultrarrara, a qual a fez nascer com duas vaginas e sem o ânus. Anja Christoffersen, com 25 anos e natural da Austrália, precisou passar por 25 cirurgias, incontinência urinária e outros problemas de saúde ao longo dos anos.

"Com um ano de idade, comecei a fazer lavagens retais [enemas] diariamente para induzir contrações intestinais e me dar continência social. Caso contrário, meu intestino era como uma torneira aberta. Mesmo com essas lavagens eu ainda sofria acidentes no dia a dia", contou em seu relato publicado na plataforma de vídeos.

 

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Durante o desenvolvimento do feto, o canal único que liga os tratos genital, digestivo e urinário tende a se separar naturalmente. Porém, quando isso não acontece, apenas uma passagem recebe os resíduos do corpo. Contudo, no caso das mulheres, precisar existir três canais no corpo: o canal para urina, o vaginal e o retal.

Dessa forma, Anja precisou fazer sua primeira cirurgia aos sete meses, na qual um corte até a coluna foi feito para que o canal principal fosse dividido em três. As outras 24 incluíram uma reconstrução da sua pélvis e uma reparação do seu esôfago subdesenvolvido.

"'Quando eu era mais jovem, entrava e saía do hospital com infecções no peito e urinárias, constipação crônica porque não tinha contrações intestinais naturais, além de exames médicos, tratamentos e cirurgias", afirmou.

Atualmente ela trabalha como modelo e desfila em passarelas ao redor do mundo. Além disso, fundou sua própria marca a qual oferece produtos de higiene pessoal para pessoas com deficiência (PcD).

"Cresci acreditando que poderia fazer tudo o que quisesse, apesar da minha condição congênita”, acrescenta.