Estados Unidos

EUA proíbe software antivírus russo Kasperksy

Estas medidas mostram aos adversários dos Estados Unidos que o Departamento de Comércio

Presidente da Rússia, Vladimir Putin - Valentina Pevtcova/POOL/AFP

Os Estados Unidos proibiram nesta quinta-feira (20) a empresa de cibersegurança Kaspersky, com sede na Rússia, de oferecer seus populares produtos antivírus no país, segundo anunciou o Departamento de Comércio.

"A Kaspersky não poderá mais, entre outras atividades, vender seu software dentro dos Estados Unidos nem fornecer atualizações de software que já estejam em uso", disse a agência em um comunicado.

"A Rússia demonstrou repetidamente que tem a capacidade e a intenção de explorar empresas russas, como a Kaspersky Lab, para coletar e utilizar informações sensíveis como arma", disse a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, em um comunicado.

Estas medidas mostram aos adversários dos Estados Unidos que o Departamento de Comércio não hesitará em agir quando "sua tecnologia representar um risco para os Estados Unidos e seus cidadãos", acrescentou.

Embora a empresa multinacional tenha sua sede em Moscou, conta com escritórios em 31 países e presta serviços a mais de 400 milhões de usuários e 270 mil clientes corporativos em mais de 200 países, segundo o Departamento de Comércio. 

Além de proibir a venda do software antivírus da Kaspersky, o Departamento de Comércio também adicionou três entidades vinculadas à companhia a uma lista de empresas consideradas uma preocupação de segurança nacional, "por sua cooperação com as autoridades militares e de inteligência russas em apoio aos objetivos de ciberinteligência do governo russo".

O Departamento de Comércio disse que "incentiva fortemente" os usuários a mudarem para novos fornecedores, embora sua decisão não proíba o uso do software se assim o decidirem.

A Kaspersky manteve a permissão de continuar certas operações nos Estados Unidos, incluindo a atualização de antivírus, até 29 de setembro deste ano, "para minimizar as interrupções aos consumidores e empresas americanas e dar-lhes tempo para encontrar alternativas adequadas", acrescentou o Departamento de Comércio.