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Sócio do ex-presidente Juan Orlando Hernández é capturado em Honduras a pedido dos EUA

Cálix foi solicitado em extradição em 2019 pelo Tribunal do Distrito Sul de Nova York, considerado culpado por três acusações de narcotráfico

O suposto traficante de drogas hondurenho Mario José Calix, conhecido como "El Cubeta", está sendo guardado por membros da Direção Nacional de Forças Especiais (Cobras) após sua captura. - Johny Magallanes/AFP

Um sócio do ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández, declarado culpado por narcotráfico em um tribunal de Nova York, foi capturado após um pedido de extradição pelos Estados Unidos, informou nesta sexta-feira (21) o ministro da Segurança, Gustavo Sánchez.

Mario José Cálix, de 42 anos, conhecido como "Cubeta", ex-vice-prefeito do município noroeste de Gracias e que "faz parte da estrutura criminosa do ex-presidente", foi detido no departamento de Olancho (leste), anunciou o ministro em uma coletiva de imprensa.

"O acusado está sendo transferido para a capital, onde nas próximas horas será apresentado à autoridade judicial que ordenou sua captura", explicou.
 

Segundo Sánchez, a recompensa oferecida na segunda-feira pelo Ministério da Segurança para obter informações sobre o paradeiro de 16 líderes solicitados em extradição pelos Estados Unidos "funcionou". No caso de Cálix, a recompensa era de 40.000 dólares (R$ 217 mil).

Cálix foi solicitado em extradição em 2019 pelo Tribunal do Distrito Sul de Nova York, onde, em 8 de março passado, o ex-presidente Hernández foi considerado culpado por três acusações de narcotráfico.

O ex-presidente (2014-2022) foi acusado de conspirar para importar 500 toneladas de cocaína para os Estados Unidos entre 2004 e 2022. Na próxima quarta-feira, o juiz proferirá a sentença e ele corre o risco de ser condenado à prisão perpétua.

O irmão do ex-governante, Antonio "Tony" Hernández, foi condenado à prisão perpétua em março de 2021 por narcotráfico em grande escala, após ser capturado no aeroporto de Miami.

Desde 2014, cerca de cinquenta hondurenhos foram extraditados para os Estados Unidos por crimes relacionados ao tráfico de drogas, enquanto outros se entregaram voluntariamente ao serem perseguidos.