Influencer com vitiligo mostra o passo-a-passo do desenvolvimento da doença ao longo do tempo
A condição autoimune se desenvolve a partir da diminuição ou desaparecimento dos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina (pigmento natural do corpo que dar cor à pele)
A influencer Justicia Busiah compartilhou o processo de desenvolvimento do vitiligo, uma doença autoimune que é caracterizada pela perda de coloração da pele. Diagnosticada no dia 15 do mês passado, ela afirma estar passando por um momento difícil em aceitar a mudança brusca na sua aparência.
"Há uma grande possibilidade de eu perder toda a minha cor e ficar totalmente branca, mas também há a possibilidade de eu recuperar a maior parte da minha cor (...) Vitiligo não é clareamento! Vamos nos informar. Sempre gostei de minha pele escura e nunca faria clareamento", escreveu na publicação feita em seu Instagram.
O que causa o vitiligo?
A condição provoca a diminuição ou desaparecimento dos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina (pigmento natural do corpo que dar cor à pele).
Ainda que não tenha causas totalmente estabelecidas, a genética, a exposição solar ou química, alterações autoimunes, condições emocionais de estresse e traumas psicológicos podem desencadear o surgimento ou agravamento do vitiligo.
Diferente de concepções antigas sobre a doença, ela não é contagiosa e não traz prejuízos físicos além das manchas.
Tipos de vitiligo
Focal: poucas lesões pequenas em uma área específica.
Mucosal: somente nas mucosas, como lábios e região genital.
Segmentar: lesões que se distribuem unilateralmente, ou seja, em apenas uma parte do corpo.
Acrofacial: nos dedos e em volta da boca, dos olhos, do ânus e dos genitais.
Comum: no tórax, abdômen, pernas, nádegas, braços, pescoço, axilas, além das áreas acometidas pela acrofacial.
Universal: manchas por quase todo o corpo.
As maiores dificuldades enfrentadas pelos portadores de vitiligo são principalmente psicológicos —como baixa autoestima, pouca qualidade de vida e retração social—, por conta do preconceito que costumam sofrer. Por isso, especialistas recomendam o acompanhamento com um profissional da psicologia.
De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), além de tentar controlar o estresse, o paciente deve evitar fatores que possam acarretar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes, como usar roupas apertadas, que provoquem atrito ou pressão sobre a pele, e se proteger da exposição solar.
Quanto antes a doença for identificada e tratada, maior a chance de controlar a propagação das manchas e repigmentar a pele.