Chile e Peru pouco produzem e ficam no empate sem gols em jogo ruim na estreia da Copa América
Em jogo bem ruim em Dallas, maltrataram a bola e, sem inspiração, ficaram em um fraco empate sem gols
A Argentina tem tudo para passar sem sustos às quartas de final da Copa América. Nesta sexta-feira (21), no complemento do Grupo A, Chile e Peru mostraram que não fazem campanha ruim nas Eliminatórias por acaso. Em jogo bem ruim em Dallas, no Texas, maltrataram a bola e, sem inspiração, ficaram em um fraco empate sem gols. Depois de bater o Canadá por 2 a 0, os argentinos se isolam na liderança.
A apresentação de chilenos e peruanos, até então brigando pela segunda vaga na chave, dá esperança ao estreante Canadá de se recuperar e sonhar em chegar aos mata-matas. Os rivais sul-americanos da chave são bem carentes tecnicamente.
Com a Argentina como grande favorita disparada à liderança da chave, chilenos e peruanos entraram em campo no gigante AT&T Stadium, em Dallas, no Texas, ciente que fariam um confronto direto pela segunda posição. Realizando campanhas sofridas nas Eliminatórias Sul-Americanas e hoje ambas fora da Copa do Mundo de 2026, a missão das seleções era apagar a má impressão dos resultados ruins e largar bem na Copa América. Justamente o que não ocorreu nos arrastados 90 minutos de bola rolando.
Lanterna das Eliminatórias, o Peru de Jorge Fossati entrou em campo apostando na forte marcação, com linha de cinco defensores, mas sob promessa que todos buscariam o ataque. Já o Chile de Ricardo Gareca confiava nos experientes Alexis Sánchez, recentemente oferecido ao Corinthians, e Vargas, do Atlético-MG, para derrubar a parede defensiva oponente.
Aos chilenos tinha a boa lembrança da primeira edição da Copa América disputada nos Estados Unidos. Em 2016, foram campeões diante da Argentina. Sabiam, porém, que tinham de melhorar bastante o futebol apresentado. Depois de um começo de estudos, Sánchez perdeu gol feito na pequena área ao receber cruzamento de Dávila e mandar pelo alto. A careta explicava bem o tamanho do desperdício.
Após meia hora de bola rolando, o Chile tinha total domínio da partida. Sem brilhar, contudo. Com o trio ofensivo formado por Vargas, Dávila e Sánchez próximos e trocando bons passes, o gol parecia amadurecer. Desde que mostrassem capricho nas finalizações.
Os peruanos tinham enorme dificuldades em criar algum lance de perigo e ainda perderam Advíncula, machucado, na primeira etapa. O lateral saiu de campo muito bravo. Os lançamentos longos eram a única e equivocada alternativa. Antes do intervalo, Araújo, de cabeça, assustou os chilenos em raro lance ofensivo que acertou o alvo nos primeiros 45 minutos.
Com linhas adiantadas, o Peru quase saiu em vantagem no começo da etapa final. Lapadula não conseguiu finalizar com força na melhor oportunidade da equipe até então. Teria outra chance logo depois, mas estava impedido.
Enquanto Fossati parecia bem tranquilo com o início melhor, mascando chicletes e sem falar muito, Gareca debatia com seus auxiliares o que fazer com a enorme queda de rendimento do Chile Optou por duas modificações e tirou um apagado Vargas. A resposta do outro lado veio com a entrada de Paolo Guerrero.
Mesmo repletos de novidades em campo em busca desesperada de seus comandantes de achar um gol que seria da vitória, os torcedores que lotaram o estádio saíram frustrados com uma apresentação sofrida de Chile e Peru.