Estados Unidos

Herdeiro de engarrafadora foi condenado a pagar R$ 377 milhões em casos de assédio e agressão sexual

Alkiviades "Alki" David foi acusado de crimes contra ex-funcionárias. Em caso recente, o empresário foi condenado por estupro, o qual terá que pagar R$ 5 bilhões a ex-modelo

Alkiviades "Alki" David foi acusado de assédio sexual e estupro - Reprodução/Facebook

O empresário Alkiviades 'Alki' David foi condenado, novamente, num caso de assédio e agressão sexual grave, desta vez incluindo estupro — o que rendeu a determinação da Justiça de Los Angeles, nos Estados Unidos, determinou o pagamento de uma soma recorde de R$ 4,9 bilhões — contra uma ex-funcionária.

Cinco anos antes, ele esteve no banco dos réus respondendo pelos mesmos crimes em dois casos distintos. Em 2019, Alki foi condenado a pagar US$ 69,25 milhões — equivalente, na cotação atual, a cerca de R$ 376 milhões — somando as penas dos três processos.

As vítimas são ex-funcionárias de Alki. O empresário é herdeiro de uma engarrafadora com atuação global e que engarrafa bebidas da marca Coca-Cola. Ele hoje lidera uma empresa de hologramas que criou avatares de celebridades como Michael Jackson e Tupac Shakur.

Em abril de 2019, um júri da Califórnia determinou que o empresário pagassem US$ 11,1 milhões — equivalente, na cotação atual, a cerca de R$ 60 milhões — por assédio sexual e agressão contra Chasity Jones.

A ex-funcionária disse ter sido demitida depois de se recusar a fazer sexo com Alki. O empresário e duas empresas dele foram condenados.

O julgamento foi dividido em duas fases, segundo o jornal Los Angeles Times. Primeiro, foram analisados os danos compensatórios – que cobria salários perdidos, despesas médicas e perdas não econômicas, como sofrimento emocional –, o que somou US$ 3,1 milhões.

Na fase seguinte, os jurados concluíram que os réus agiram com malícia, foi decidida indenização por danos pela agressão sexual no valor de US$ 8 milhões.

Segundo a ex-funcionária, o empresário a tocou de forma inadequada e lhe mostrou um vídeo pornográfico em seu computador de trabalho.

Ela também relatou sobre um stripper no local de trabalho que seria para comemorar o aniversário de um de seus executivos, o qual considerou assédio sexual. Chasity Jones entrou na empresa de janeiro de 2015 e foi demitida em novembro de 2016.

O júri considerou que ela foi dispensada injustamente após recusar os avanços do executivo, publicou, à época, o jornal Los Angeles Times.

Durante uma das audiências, na reta final do julgamento, Alki David atacou verbalmente a advogada de Chasity, Lisa Bloom. O processo durou dois anos e meio.

Chasity entrou com a ação em fevereiro de 2017, mesma época em que a ex-colega de trabalho Elizabeth Taylor também entrou com um processo em que alegava agressão sexual, agressão e assédio e demissão injusta

. A ex-executiva de contas também saiu vitoriosa, com Alki condenado a pagar US$ 8,38 milhões — equivalente, na cotação atual, a cerca de R$ 45 milhões –, veredito dado apenas em dezembro do ano passado.

Em novembro de 2019, o herdeiro grego foi novamente condenado por agressão, agressão sexual e assédio sexual contra uma ex-funcionária, segundo o jornal Los Angeles Times. Mahim Khan trabalhou como assistente de produção em duas empresas de mídia de Alki David.

Em um dos casos relatados, ela contou que o empresário simulou sexo oral, encostando o rosto dela ao corpo dele. Inicialmente, foi concedida a ela indenização de US$ 8,25 milhões — equivalente, na cotação atual, a cerca de R$ 44,9 milhões. Dias depois, o júri ordenou que o empresário pagasse US$ 50 milhões adicionais em danos punitivos.

Condenado a pagar R$ 4,9 bilhões
Recentemente, a Justiça de Los Angeles, nos Estados Unidos, determinou que Alki David pagasse uma soma recorde a uma ex-funcionária contra a qual, de acordo com as investigações, cometeu "assédio e agressão sexual grave, incluindo estupro" contra ex-modelo, de 2016 a 2019.

O júri determinou que o herdeiro grego pague US$ 900 milhões à ex-funcionária — o equivalente, na cotação atual, a R$ 4,9 bilhões. A vítima, que não teve o nome divulgado ao longo do processo, é uma ex-modelo que teria ido trabalhar para Alki na firma Hologram USA após conhecê-lo como um "magnata da mídia".