Saiba quais foram as acusações contra Michael Jackson, 15 anos após a morte dele
Desde 1993 até depois da morte, artista foi acusado de abuso de menores
"Rei do pop", "autor de Thriller, o disco mais vendido de todos os tempos" e muitos outros predicados celebratórios definem Michael Jackson, cuja morte completa 15 anos neste dia 25 de junho de 2024.
Mas, para muita gente, o cantor é lembrado apenas como alguém com diversas acusações de abuso de menores, denúncias essas que, para muitas fãs, conseguiram eclipsar a genialidade de sua obra.
Confira abaixo o histórico de acusações.
1993, a primeira
Em 1993, um dentista e roteirista de Los Angeles chamado Evan Chandler acusou Michael de ter abusado sexualmente de seu filho de 13 anos, Jordan Chandler. O cantor e o menino teriam ficado amigos depois de MJ ter alugado um carro de Evan.
Em janeiro de 1994, quatro meses depois de a família entrar com uma ação judicial contra o artista, as partes chegaram a um acordo. O astro e sua equipe jurídica enfatizaram que o acordo não era uma admissão de culpa, e a investigação não encontrou evidências físicas contra o cantor. Em setembro de 1994, o caso foi encerrado.
2003
Vinte anos depois da primeira acusação, o assuntou "abuso sexual de menores" voltou à tona com o documentário "Living with Michael Jackson". Nele, em entrevista, o cantor apareceu de mãos dadas com Gavin Arvizo, de 12 anos, e defendeu o hábito de dar sua cama para as crianças dormirem. Segundo MJ, isso era uma "coisa linda" e que teria dividido a cama com muitos crianças, incluindo os atores Macaulay e Kieran Culkin.
Semanas após a transmissão do doc, o Departamento de Serviços Infantis e Familiares de Los Angeles começou uma investigação preliminar sobre o caso Jackson e Gavin. Em novembro, o menino disse à polícia que Jackson o havia molestado várias vezes entre 7 de fevereiro e 10 de março daquele ano.
O cantor foi preso em 20 de novembro, mas ficou por um dia na cadeia, por causa do pagamento de fiança. Mais tarde, foi indiciado por sete acusações de abuso sexual infantil e duas acusações de administração de um agente intoxicante com o objetivo de cometer crime.
Em 28 de fevereiro de 2005 no tribunal de Santa Maria, em Santa Bárbara, Michael Jackson começou a ser julgado pelo tribunal do júri. Entre as testemunhas de defesa, além de Macaulay Culkin, estava o futuro acusador Wade Robson, que disse nunca ter sido molestado nas várias vezes em que dormiu no quarto com Jackson.
O artista foi inocentado de todas as acusações em 13 de junho de 2005. Mas sua vida nunca mais foi a mesma: depois disso, o Rei do Pop jamais retornou a Neverland e ainda enfrentou dificuldades em reerguer a carreira, já bem abalada pelos diversos escândalos. Ele só conseguiu fazer pequenas apresentações no Japão e acabou morando no Bahrein e na Irlanda, antes de voltar aos Estados Unidos, em 2006. Em 2009, anunciou 50 shows em Londres, na turnê de despedida "This is it". Nenhum deles chegou a acontecer: Michael morreu antes da estreia, em 25 de junho de 2009.
2019
Em 2019, a HBO exibiu "Leaving Neverland", documentário que traria novamente o nome de MJ ao centro de acusações de abuso. Os principais personagens, desta vez, eram Wade Robson e James Safechuck, que alegaram que o cantor manteve um relacionamento com eles quando tinham 7 e 10 anos, respectivamente.
Em 1993, tanto Robson quanto Safechuck negaram ter sido molestados, quando surgiram acusações de outro garoto, Jordan Chandler, em um caso que acabou resolvido fora do tribunal. Em 2005, quando Jackson enfrentou acusações criminais, Robson foi usado como testemunha de defesa, e seu depoimento é frequentemente creditado por ajudar o cantor a vencer no tribunal.
— Eu gostaria de ter ajudado Gavin Arvizo a receber alguma justiça e a confirmação do que aconteceu com ele, o mesmo que se passou comigo e com James. Assim, talvez tivéssemos impedido Michael de abusar de muitas outras crianças depois daquilo — disse Robson, na época do lançamento do documentário.