EXPLOSÃO

Coreia do Sul investiga incêndio em fábrica que deixou 23 mortos

Cerca de 100 trabalhadores estavam na fábrica quando uma série de explosões foi ouvida no segundo andar

Bandeira da Coreia do Sul - Rawpixel

A Coreia do Sul abriu, nesta terça-feira (25), uma investigação para esclarecer as causas do incêndio que devastou uma fábrica de baterias de lítio e deixou 23 mortos, a maioria trabalhadores chineses.

Os bombeiros confirmaram que o incêndio ocorrido na segunda-feira (24) em Hwaseong, sul de Seul, provocou a morte de 17 trabalhadores chineses, comparativamente a um balanço preliminar de 18 mortos desta nacionalidade.

“O plano é confirmar a identidade das vítimas através da coleta de DNA dos seus corpos”, disse o bombeiro Kim Jin-young aos jornalistas.

O governo anunciou que abriu uma investigação formal que envolverá vários ministérios e departamentos para esclarecer as causas do pior acidente em uma fábrica em vários anos na Coreia do Sul.

Cerca de 100 trabalhadores estavam na fábrica quando uma série de explosões foi ouvida no segundo andar, onde as baterias de lítio são inspecionadas e embaladas.

As câmeras de vigilância na entrada da usina mostram que a fumaça branca se espalhou em menos de 20 segundos e que as pessoas fugiram, informou a agência de notícias Yonhap.

Os bombeiros indicaram que é provável que a fumaça tóxica tenha atordoado rapidamente os trabalhadores na área onde o incêndio começou e que, devido à presença de lítio, os esforços para extinguir o incêndio não tiveram sucesso.

A Coreia do Sul é um grande produtor de baterias, incluindo as utilizadas em veículos elétricos.

Park Soon-kwan, presidente-executivo da Aricell, empresa proprietária da fábrica de baterias, pediu desculpas pela tragédia e disse que a empresa cooperará com os investigadores. O executivo acrescentou que no edifício existiam extintores de incêndio e que eram realizados ensaios de evacuação regularmente.

Xing Haiming, embaixador chinês em Seul, visitou na segunda-feira a fábrica danificada e descreveu o incêndio como “doloroso”, mas destacou o diálogo com o governo sul-coreano para evitar tragédias semelhantes.

“Espero que as empresas sul-coreanas aprendam a dolorosa lição”, disse ele.

As baterias de lítio são altamente inflamáveis e difíceis de controlar com métodos convencionais de extinção de incêndio.