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Primeiros separatistas catalães beneficiados pela lei de anistia

Mais de 400 separatistas processados ou condenados por vários crimes pela tentativa de secessão de 2017 poderão se beneficiar desta lei aprovada em 30 de maio

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez (direi.), conversa com o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani - Oscar Del Pozo / AFP

O ex-responsável do Interior do governo regional catalão e um policial sob o seu comando tornaram-se, nesta terça-feira (25), os primeiros beneficiários da lei de anistia para separatistas catalães aprovada há quase um mês pelo Parlamento espanhol.

O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha decidiu "declarar a extinção da responsabilidade penal" do ex-conselheiro do Interior Miquel Buch e do policial Lluis Escolà "pois foram anistiados os atos pelos quais foi declarada a sua responsabilidade penal", afirma uma decisão datada e distribuída nesta terça-feira.

Mais de 400 separatistas processados ou condenados por vários crimes pela tentativa de secessão de 2017 e pelos acontecimentos a ela relacionados - anteriores ou posteriores - poderão se beneficiar desta lei aprovada em 30 de maio.
 

Buch e Escolà foram condenados, respectivamente, a quatro anos e meio e quatro anos de prisão pela contratação do policial com o objetivo de atuar irregularmente como guarda-costas de Carles Puigdemont quando este fugia para a Bélgica para escapar da Justiça espanhola.

Puigdemont era presidente do Executivo regional catalão que promoveu a fracassada tentativa de secessão de 2017 e a pessoa mais importante que poderia se beneficiar desta medida promovida pelo presidente do Governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez.