OMS

Febre de Oropouche afeta mais da metade do território em Cuba

A doença dura em torno de cinco a sete dias e gera sintomas como febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares

Cuba - Yamil Lage/AFP

As autoridades sanitárias cubanas informaram que a febre de Oropouche, detectada pela primeira vez na ilha caribenha em maio, se propagou a nove das 16 províncias do país, embora até agora não tenham sido registrados casos graves ou mortes.

Em comunicado divulgado na última segunda-feira (24) à noite, o Ministério da Saúde "confirmou a presença do vírus de Oropouche em nove províncias", entre elas Matanzas, próxima a Havana.

O Ministério afirmou que o vírus, que é transmitido por pequenos mosquitos, foi identificado pela primeira vez em dois municípios no leste da ilha em maio deste ano.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a transmissão do vírus é comum em comunidades rurais e urbanas de países como Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Panamá, Peru e Trinidad e Tobago.

Este ano, em particular, ele foi detectado em Bolívia, Brasil, Colômbia e Peru, de acordo com um relatório da OMS divulgado no início de junho.

Em "Cuba, é a primeira vez que se detecta um caso no país, é provável que a população seja altamente suscetível e existe um risco significativo de serem detectados casos adicionais", afirmou a OMS.

A doença dura em torno de cinco a sete dias e gera sintomas como febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares. Ocasionalmente, também provoca vômitos e diarreia.

O Ministério da Saúde de Cuba explicou que "não existe um tratamento específico", razão pela qual indica que as pessoas busquem um médico quando os sintomas aparecerem, e esclareceu que a doença "não deixa sequelas e não demonstra graves casos ou mortes".

Além disso, as autoridades cubanas explicaram que, nas últimas semanas, a "incidência de casos suspeitos" de dengue aumentou em seis províncias cubanas.

"Ao contrário do ocorrido com Oropouche, o quadro clínico desta doença (dengue) pode evoluir para formas graves e provocar a morte", alertou o Ministério.