Caso Tio Paulo

"Tio Paulo": Justiça marca para setembro julgamento de mulher que levou idoso morto ao banco

Crime aconteceu em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Audiência contará com testemunhas de defesa e acusação

Paulo Roberto Braga e Érika de Souza Vieira Nunes enquanto ele esteve internado com pneumonia - Reprodução

A 2ª Vara Criminal de Bangu marcou para o próximo dia 19 de setembro, às 11h, a audiência de instrução e o início do julgamento da dona de casa Érika Viera de Souza Nunes, de 42 anos.

Mãe de seis filhos e suspeita de ter levado o tio morto a uma agência bancária para tentar sacar um empréstimo, ela foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por crimes Vilipêndio de cadáver e estelionato.

Segundo a advogada Ana Carla de Souza Correa, que defende Érika, durante a audiência deverão ser ouvidas testemunhas de defesa e de acusação.

A sentença do caso só deverá ser publicada após um rito que inclui ainda a apresentação das alegações finais da defesa e da acusação.

No dia 16 de abril último, a dona de casa levou seu tio Paulo Roberto Braga, de 68, a uma agência bancária, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. No local, a mulher estaria o auxiliando a assinar o documento que permitiria o saque de R$ 17 mil por um empréstimo.

Só que a situação do idoso, que estava numa cadeira de rodas, sem esboçar qualquer reação e com a cabeça pendendo para trás e para os lados, causou estranheza nos funcionários, que começaram filmar a ação.

O vídeo, com a mulher pedindo que o tio assinasse os papéis para autorizar a retirada do dinheiro, viralizou nas redes sociais. Ao ser atendido por uma equipe do Samu no local, acionada pelos trabalhadores da agência, foi constatado que o homem estava morto.

Érika foi presa em flagrante por vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude. Em maio ela foi solta por decisão da Justiça. Na decisão, a juíza Luciana Mocco, titular da 2ª Vara Criminal de Bangu, atendeu a um pedido da defesa de Érika .

Os advogados dela alegaram que Érika é ré primária, tem endereço fixo, além de ter a saúde mental debilitada.

A defesa também mencionou no pedido aceito pela Justiça, que Érika tem uma filha menor de idade com deficiência que requer seus cuidados em casa.