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Planalto avalia viagem de Lula à Bolívia em julho diante de tentativa de golpe no país vizinho

Lula e Arce se reuniram em março deste ano, em Kingstown, em São Vicente e Granadinas

Presidente Lula - Ricardo Stuckert / PR

A situação política na Bolívia, com indicativos de um golpe de Estado militar, pode interferir na agenda de viagens internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de participar da reunião de presidentes do Mercosul, no dia 8 de julho, a previsão é que Lula vá à Bolívia, para um encontro com o presidente Luís Arce.

Lula e Arce se reuniram em março deste ano, em Kingstown, em São Vicente e Granadinas. O encontro ocorreu à margem da da VIII Cúpula da CELAC, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos.

Além das afinidades políticas, os dois presidentes dividem uma agenda bilateral de grande interesse para os dois governos.

São exemplos a construção da ponte que vai ligar Guajará-Mirim (RO), no Brasil, a Guayaramerín, na Bolívia, com previsão de ser concluída em 2027; e a hidrovia Ichilo – Mamoré, que prevê uma rota mais vantajosa para os bolivianos exportarem produtos para a Europa e cujo caminho passa pela Amazônia brasileira.

Há em uma negociação em curso, a pedido da Bolívia, para que a Petrobras invista na prospecção de gás em território boliviano. O governo do país vizinho também tem interesse em uma parceria com o Brasil para a possível exploração de lítio. O país vizinho tem uma das maiores reservas certificadas do mundo, cerca de 23 milhões de toneladas.