Governo da Bolívia nega que tenha forjado golpe; general queria "assumir comando" do país
General Juan José Zúñiga segue detido e pode pegar até 20 anos de prisão
O governo da Bolívia negou que tenha forjado a tentativa de golpe, como acusa Juan José Zúñiga, que comandou o cerco com tanques do Exército ao palácio presidencial na Praça Murillo.
O general segue detido e pode pegar até 20 anos de prisão pelos crimes de terrorismo e levante armado contra o Estado.
Junto com Juan José Zúñiga, uma dezena de soldados foi detida pela tentativa de golpe que deixou pelo menos 12 feridos.
Ministros do governo afirmam que o general foi informado na noite anterior à tentativa de golpe que seria dispensado do cargo de comandante do Exército por suas declarações políticas.
No começo da semana, Zúñiga disse em entrevista que prenderia o ex-presidente Evo Morales, caso ele insistisse em disputar as eleições de 2025, mesmo tendo sido desqualificado pela Justiça.
"Ele foi informado da perda do cargo porque violou a Constituição. Um soldado não pode deliberar sobre política, não pode deliberar sobre assuntos do território nacional", afirmou o ministro do Interior da Bolívia, Eduardo del Castillo.