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Vinte e um pacientes com câncer são levados da Faixa de Gaza ao Egito

Em mais de oito meses de guerra entre Israel e o movimento palestino Hamas, pelo menos 37.765 pessoas, a maioria civis, foram mortas na Faixa de Gaza

Evacuação de pessoas do bairro de Tuffah, no leste da Cidade de Gaza - Omar Al-Qatta/AFP

Vinte e um pacientes com câncer foram retirados da sitiada Faixa de Gaza e enviados para o Egito nesta quinta-feira (27), através da passagem fronteiriça israelense de Kerem Shalom, informou uma fonte médica do hospital Al Arish, no Sinai, à AFP.

"Esta é a primeira evacuação" desde que a passagem de Rafah foi fechada no início de maio, depois que Israel tomou o controle do lado palestino, disse a fonte sob anonimato.

Egito e Israel se acusam mutuamente pelo fechamento da passagem de Rafah. As autoridades egípcias se recusam a administrá-la em coordenação com o lado israelense, preferindo a cooperação com organismos internacionais e palestinos.

Desde então, a ajuda internacional entra em quantidades insuficientes através do ponto de passagem de Kerem Shalom, não muito longe de Rafah, que se tornou a única via para a entrada de ajuda no território palestino.

Segundo a ONU, seriam necessários 500 caminhões por dia para satisfazer as enormes necessidades dos habitantes da Faixa de Gaza.

Em mais de oito meses de guerra entre Israel e o movimento palestino Hamas, pelo menos 37.765 pessoas, a maioria civis, foram mortas na Faixa de Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do governo local, liderado pelo Hamas.

A guerra começou em 7 de outubro, quando um ataque de milicianos do Hamas ao sul de Israel provocou a morte de 1.195 pessoas, a maioria civis, segundo um levantamento da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Das 251 pessoas sequestradas durante o ataque, 116 permanecem reféns em Gaza, das quais 42 morreram, segundo o Exército.

A guerra causou uma catástrofe humanitária no pequeno território de 2,4 milhões de habitantes, sitiado por Israel e ameaçado de fome segundo a ONU.

Nos poucos hospitais que ainda existem em Gaza, muitos pacientes que sobreviveram aos bombardeios israelenses precisam ser abandonados ou morrem de infecções devido à falta de luvas, máscaras ou sabão, segundo profissionais de saúde americanos que retornaram do território palestino.