COI convida 39 russos e bielorrussos para competir sob bandeira neutra em Paris-2024
18 atletas já confirmaram presença
O Comitê Olímpico Internacional (COI) permitirá a presença de 22 russos e de 17 bielorrussos como participantes dos Jogos de Paris (26 de julho a 11 de agosto) sob bandeira neutra, conforme uma segunda lista ampliada divulgada nesta quinta-feira (27), que inclui tênis, tiro e remo.
Em 15 de junho, o COI havia publicado uma primeira lista limitada a quatro modalidades (luta, halterofilismo, ciclismo e ginástica de trampolim), indicando as primeiras renúncias de dois russos - um deles o ciclista Alexandr Vlasov - e de cinco bielorrussos.
Até o momento, 18 atletas destes países confirmaram presença - três ciclistas, três ginastas especialistas em trampolim, dois halterofilistas e dez lutadores - ao aceitarem o convite formulado. Dois atletas do remo e dois do tiro bielorrussos ainda precisam comunicar sua decisão.
No tênis, há suspense, com os convites estendidos aos russos Daniil Medvedev e Andrey Rublev, 5º e 6º do mundo, respectivamente, enquanto no feminino foram convidadas as bielorrussas Aryna Sabalenka (3ª) e Victoria Azarenka (16ª), além das russas Daria Kasatkina (14ª) e Liudmila Samsonova (15ª).
Para serem convidados aos Jogos, os "atletas individuais neutros" tiveram que passar pelas classificações e por uma dupla verificação, pelas federações internacionais e pelo COI, para comprovar a falta de apoio ativo à guerra na Ucrânia e de vínculos com os exércitos de seus países.
O COI ainda precisa atualizar sua lista conforme forem confirmados os resultados finais das fases de qualificação.
Não haverá nenhum russo ou bielorrusso no atletismo, já que a World Athletics se manteve firme na posição de exclusão total de representantes dessas duas nacionalidades.
Outros esportes, como a natação, permitiram uma reintegração de maneira tão tardia que a presença dos atletas está seriamente em dúvida.
Moscou optou por não boicotar os Jogos de Paris, porém, todos os seus ginastas decidiram recusar a participação, enquanto as federações de remo e judô, ao contrário, são favoráveis a enviar atletas para a capital francesa.