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Moraes determina que Uber e cartões de crédito prestem informações sobre aliado de Bolsonaro

Filipe Martins, que foi assessor do ex-presidente, tenta comprovar que não fugiu para os Estados Unidos

Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro - Divulgação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido feito pela defesa do ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL) Filipe Martins e autorizou uma série de diligências a fim de comprovar que não houve fuga para os Estados Unidos em 2022.

Após a solicitação da defesa de Martins, Moraes autorizou que sejam oficiadas a Uber, bancos, operadoras de cartões de crédito, assim como a companhia aérea Latam para comprovar que houve despesas dele aqui na época da suposta fuga.

Segundo Polícia Federal, Martins teria tentado fugir do país ao supostamente embarcar com Bolsonaro para Orlando, na Flórida, em dezembro de 2022.

"Enquanto a Procuradoria-Geral da República se calça num documento obtido pela Polícia Federal junto ao sítio eletrônico de um órgão do Governo norte-americano que confirma ter o investigado Felipe Martins entrado nos Estados Unidos no dia 30 de dezembro de 2022, a defesa sustenta que ele não viajou para o exterior, ao revés, no dia seguinte esteve num voo de Brasília rumo a Curitiba", relata o ministro na decisão.

Moraes afirma que pediu ao Ministério da Justiça mais informações junto às autoridades norte-americanas, mas que as respostas ainda não vieram.

Por isso, de forma a ter uma melhor análise da situação, entendeu ser razoável atender aos pedidos da defesa de Martins como forma de colaborar com o esclarecimento de uma eventual ida do ex-assessor de Bolsonaro para os Estados Unidos, ou não.

O ex-assessor está preso desde 8 de fevereiro depois de ser um dos alvos da operação Tempus Veritatis. A prisão foi autorizada por Moraes após a PF argumentar que Martins estaria foragido e que haveria risco de ele fugir do país.

Na última terça-feira, o ministro Flávio Dino, do STF, negou um pedido de habeas corpus feito pela defesa do aliado de Bolsonaro.