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Quase 200 intelectuais denunciam "repressão" em Cuba contra renomada intelectual

"Mais uma vez, o direito à dissidência e à expressão pacífica está sendo restringido, reprimido e criminalizado", diz a declaração publicada por nove cineastas cubanos

Cuba - Yamil Lage/AFP

Quase 200 pessoas, a maioria intelectuais e artistas, entre eles o cantor e compositor argentino Fito Páez e os cubanos Leonardo Padura (romancista) e Fernando Pérez (cineasta), assinaram uma declaração denunciando a "repressão" desencadeada em Cuba contra a renomada intelectual Alina Bárbara López.

"Mais uma vez, o direito à dissidência e à expressão pacífica está sendo restringido, reprimido e criminalizado", diz a declaração, que nove cineastas cubanos publicaram em 21 de junho na rede social Facebook e que recebeu 190 assinaturas de apoio até esta quarta-feira (3).

O texto, que começou a ser divulgado na noite de terça-feira pela mídia independente local, denuncia que a historiadora López e a antropóloga Jenny Pantoja foram "submetidas à detenção e à violência no exercício de seus direitos" em 18 de junho, quando viajaram a Havana para participar de um protesto público.

"O uso da força, a criminalização da dissidência e o encarceramento não resolvem nossos problemas reais", porque "somente por meio da tolerância e do respeito à diversidade de critérios é possível trilhar o caminho que nos levará a sair desse impasse", acrescenta a declaração, referindo-se à grave crise econômica pela qual a ilha está passando.

O comunicado ressalta que López, 58 anos, é agora "acusada de 'ataque', com base na suposta agressão contra o policial que a estuprou".