Vinícius Júnior suspenso obriga Dorival a encontrar solução no ataque do Brasil
Atacante recebeu segundo amarelo e não poderá entrar em campo no duelo decisivo com o Uruguai, pelas quartas de final da Copa América
San Francisco, Califórnia – Não há dúvidas de que, com a ausência de Neymar, que ainda se recupera de lesão no joelho, Vinicius Junior é o principal jogador da Seleção Brasileira. Atleta fundamental do maior clube do planeta, o Real Madrid, por quem já foi campeão da Champions League duas vezes, sendo escolhido o melhor atleta da competição.
Vinícius Júnior vive a expectativa de ser o primeiro brasileiro, em 17 anos, a receber a Bola de Ouro de melhor jogador do mundo. O último foi Kaká, em 2007.
Algo mais
Se esta certeza existe, outra também: com a Amarelinha, o jogador, que completa 24 anos no próximo dia 12, falta engrenar. Principalmente nesta Copa América, com exceção da goleada contra o Paraguai, quando marcou dois dos quatro gols brasileiros no triunfo por 4x1.
Contra os colombianos, Vini pouco fez. Até tentou, é verdade, em uma jogada individual, quando foi derrubado dentro da área. O árbitro, com auxílio do VAR, não marcou pênalti e a Conmebol reconheceu o erro da arbitragem.
“No minuto 42, um defensor não toca a bola, e, como produto da disputa, é produzido um contato imprudente para a ação. O VAR, em sua checagem protocolar, analisa por distintos ângulos, velocidades e considerações e não consegue identificar que o defensor não toca a bola antes de entrar em contato imprudentemente com o atacante. O VAR confirma, de maneira incorreta, a decisão original de campo”, explicou a Conmebol.
Mas, fora este lance, que poderia ser crucial para a partida, o camisa 7 da Seleção se mostrou nervoso e, logo aos sete minutos de jogo, recebeu o cartão amarelo que o tirou do jogo decisivo contra o Uruguai, no próximo sábado (6), em Las Vegas, pelas quartas de final da competição.
Agora, a pergunta que fica é: na terra da sorte, qual será a aposta de Dorival Júnior para substituir o principal jogador da Amarelinha?
As opções
“Até bem pouco tempo, eu ouvia dizer que o Brasil tinha que aprender a jogar sem jogadores protagonistas. Acho que é o momento. Nós temos que aprender que, em determinados momentos, nós não teremos os jogadores mais importantes em alguma partida. Com isso, outros terão que aparecer”, afirmou o treinador.
A primeira opção, que não mexeria nos posicionamentos dos demais atacantes, Raphinha e Rodrygo, seria Gabriel Martinelli. O jogador poderia atuar pelos lados, assim como Vini, porém tem tido pouca atenção por parte do treinador.
A segunda opção seria mais por um apelo popular: Endrick. Dorival Júnior já falou várias vezes sobre ter paciência, portanto é pouco provável que ele seja o titular em um jogo tão decisivo.
Caso surpreenda e acione Endrick, o técnico teria que deslocar Rodrygo para a esquerda, o que não seria um problema, já que o camisa 10 da Seleção falou várias vezes que se sente à vontade atuando pelos lados do campo.
Também considerando Rodrygo indo para a esquerda, há a opção do centroavante Evanilson. O jogador do Porto-POR tem, como principal característica, a presença forte dentro da área.
Ainda tem a opção do atacante Savinho, que jogaria pela direita. Nesse caso, Raphinha seria realocado para o lado esquerdo e Rodrygo permaneceria centralizado.
Preparação
Diante desta incerteza, o Brasil volta para o calor de Las Vegas, com previsão de temperatura na casa dos 46 graus, onde treina nesta quinta (4) e sexta-feira (5), antes do duelo contra o Uruguai.