Vamos resolver déficit sem aumentar carga tributária, reduzindo despesa, diz Alckmin
A declaração foi dada em resposta a questionamentos da imprensa, no dia seguinte ao anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira, 4, que o problema do déficit público será resolvido não pelo aumento da carga tributária, mas por meio da redução de despesas e da melhora da eficiência do gasto público.
"Eu queria destacar duas coisas, primeiro, déficit zero, cumprimento do arcabouço fiscal. Segundo, resolver o problema do déficit não aumentando carga tributária, mas reduzindo despesa, melhorando a eficiência do gasto público", disse Alckmin após participar de evento em Salto (SP).
A declaração foi dada em resposta a questionamentos da imprensa, no dia seguinte ao anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o governo já identificou R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que poderão ser cortadas do Orçamento de 2025.
O número foi divulgado após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujas falas sobre o compromisso fiscal do governo ajudaram a moeda americana a fechar o dia em baixa nesta quarta-feira, 3.
Alckmin foi perguntado sobre se o real estava sofrendo um processo de especulação nos últimos dias, mas evitou entrar nesse debate.
"O presidente Lula está em seu terceiro mandato, se for verificar os dois mandatos anteriores, ele fez superávit primário e reiterou que tem total compromisso com o arcabouço fiscal", respondeu o ministro, avaliando ainda que as oscilações do câmbio são transitórias.
"O que existe, você tem cenário externo, questão dos juros americanos, estou otimista que no segundo semestre pode cair juros americanos, e se cair o nosso junto, tem crescimento forte da economia. Mercado oscila, câmbio é flutuante, não tem câmbio fixo, sobe e desce. Mas eu disse lá trás que essas oscilações eram transitórias, passageiras, que ficaria claro compromisso com arcabouço e o câmbio voltará a seu patamar adequado", disse Alckmin.