Inquérito

STJD conclui inquérito e diz que provas de manipulação relatadas por Textor são "imprestáveis"

O auditor do inquérito sugere uma suspensão de seis anos e a aplicação de uma multa ao empresário americano de R$ 2 milhões

John Textor, dono da SAF do Botafogo - OLIVIER CHASSIGNOLE / AFP

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) concluiu, nesta sexta-feira (5), o inquérito sobre a manipulação de resultados a fim de apurar as denúncias do dono da SAF do Botafogo, John Textor.

O relatório conclusivo, que conta com mais de 50 páginas, indica como "imprestáveis" as provas apresentadas pelo empresário americano contra atletas, clubes e árbitros.

O documento foi presidido pelo auditor do Pleno, Mauro Marcelo de Lima e Silva. A conclusão foi encaminhada para a Procuradoria da Justiça Desportiva.

Durante o inquérito, John Textor apresentou as "provas irrefutáveis" que alegava possuir. Após análise, o auditor processante concluiu que as denúncias configuravam em ilícitos desportivos contra sete entidades desportivas, nove atletas e nove árbitros.

Diante da conclusão, o auditor sugere uma suspensão de seis anos e a aplicação de uma multa ao empresário americano de R$ 2 milhões. As sanções seriam as maiores já propostas na história do STJD.

Textor disse ter provas de que jogos do Campeonato Brasileiro estariam sendo manipulados e as apresentou ao STJD.

De acordo com o relatório no site da entidade, sem apresentar provas e com base em uma empresa de inteligência artificial, ele publicou texto em abril afirmando que o jogo entre Palmeiras e São Paulo, realizado em outubro de 2023, foi manipulado por ao menos cinco jogadores do São Paulo.

O inquérito foi aberto após os episódios, a partir do pedido da Procuradoria Geral da Justiça Desportiva, do Palmeiras, do São Paulo, do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo e da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol para a investigar as alegações de manipulação feitas pelo dirigente do Botafogo.