Restaurantes e bares enfrentam desafios na geração de lucro segundo Abrasel
Pesquisa revelou um panorama econômico e desafios enfrentados pelos empreendedores locais
Segundo pesquisa realizada pela Abrasel, o setor de alimentação fora do lar operou em prejuízo no mês de maio. A análise apresentou o número de 57% das empresas do segmento operando sem geração de lucro, desse monte 22% operaram em prejuízo e 35% em equilíbrio.
Os dados do estudo revelam uma realidade complexa, onde 82% dos empreendedores enfrentam dívidas com impostos federais, 59% com impostos estaduais e 43% com empréstimos bancários, entre outras obrigações.
O presidente da Abrasel em Pernambuco, Tony Sousa, ressalta a importância da busca por alternativas para impulsionar a economia regional.
"É fundamental unirmos esforços para superar as dificuldades e encontrar soluções que promovam a recuperação e o crescimento dos negócios locais.", afirmou o presidente.
Ainda segundo a Abrasel, apesar dos desafios, 43% das empresas do setor obtiveram lucro em maio de 2024, enquanto 22% operaram em prejuízo. Além disso, 30% dos estabelecimentos não conseguiram aumentar os preços nos últimos 12 meses, mantendo estabilidade em relação à pesquisa anterior.
De acordo com a Associação, o panorama atual acentua a importância de políticas públicas para apoiar os empresários do setor de alimentação fora do lar em Pernambuco, visando não apenas a superação dos desafios atuais, mas também a promoção do crescimento econômico local.
Reforma Tributária
A Abrasel mostrou satisfação com o relatório do grupo de trabalho sobre a reforma tributária, apresentado na última quinta-feira (4). Os principais pleitos da Associação foram atendidos, como a exclusão das receitas que não são apropriadas pelos estabelecimentos, como as gorjetas e as taxas de delivery.
A inclusão dos bares e restaurantes no regime de não cumulatividade, que permite às empresas contribuintes apropriar créditos, também é uma vitória para o setor.
Ainda na pauta da entidade, os trabalhos para que seja excluído da reforma o imposto seletivo para bebidas açucaradas, pois de acordo com a Abrasel, trata-se de um contrassenso, já que o açúcar, quando vendido como produto da cesta básica, é considerado essencial, mas quando utilizado em bebidas passa a ser sobretaxado.